segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 480, DE 2007 => VOTEM!


PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 480, DE 2007 Determina a obrigatoriedade de os agentes públicos eleitos matricularem seus filhos e demais dependentes em escolas públicas até 2014.


Uma ideia muito boa do Senador Cristovam Buarque que
apresentou um projeto de lei propondo que todo político eleito (vereador, prefeito, deputado, etc.) seja obrigado a colocar os filhos na escola pública.
As conseqüências seriam as melhores possíveis. Quando os políticos se virem obrigados a colocar seus filhos na escola pública, a qualidade do ensino no país irá melhorar. E todos sabem das implicações decorrentes do ensino público que temos no Brasil.
SE VOCÊ CONCORDA COM A IDEIA DO SENADOR, DIVULGUE ESSA MENSAGEM.
Ela pode, realmente, mudar a realidade do nosso país.
O projeto PASSARÁ, SE HOUVER A PRESSÃO DA OPINIÃO PÚBLICA.

Clique aqui para maiores informações.
PARABÉNS PARA O SENADOR CRISTOVAM BUARQUE.
BOA SORTE JUNTO A SEUS PARES.
IDEIA SENSACIONAL! EU APROVO!

(M) O garoto das meias vermelhas

Ele era um garoto triste. Procurava estudar muito. Na hora do recreio ficava afastado dos colegas, como se estivesse procurando alguma coisa.

Todos os outros meninos zombavam dele, por causa das suas meias vermelhas.

Um dia, o cercaram e lhe perguntaram porque ele só usava meias vermelhas. Ele falou, com simplicidade: No ano passado, quando fiz aniversário, minha mãe me levou ao circo.

Colocou em mim essas meias vermelhas. Eu reclamei. Comecei a chorar. Disse que todo mundo iria rir de mim, por causa das meias vermelhas.

Mas ela disse que tinha um motivo muito forte para me colocar as meias vermelhas. Disse que se eu me perdesse, bastaria ela olhar para o chão e quando visse um menino de meias vermelhas, saberia que o filho era dela.

Ora, disseram os garotos, mas você não está num circo. Por que não tira essas meias vermelhas e as joga fora?

O menino das meias vermelhas olhou para os próprios pés, talvez para disfarçar o olhar lacrimoso e explicou: É que a minha mãe abandonou a nossa casa e foi embora. Por isso, eu continuo usando essas meias vermelhas. Quando ela passar por mim, em qualquer lugar em que eu esteja, ela vai me encontrar e me levará com ela.
Muitas almas existem, na Terra, solitárias e tristes, chorando um amor que se foi. Colocam meias vermelhas, na expectativa de que alguém as identifique, em meio à multidão, e as leve para a intimidade do próprio coração.

São crianças, cujos pais as deixaram, um dia, em braços alheios, enquanto eles mesmos se lançaram à procura de tesouros, nem sempre reais.

Lesadas em sua afetividade, vivem cada dia à espera do retorno dos amores, ou de alguém que lhes chegue e as aconchegue.

Têm sede de carinho e fome de afeto. Trazem o olhar triste de quem se encontra sozinho e anseia por ternura.

São idosos recolhidos a lares e asilos, às dezenas. Ficam sentados em suas cadeiras, tomando sol, as pernas estendidas, aguardando que alguém identifique as meias vermelhas.

Aguardam gestos de carinho, atenções pequenas. Marcam no calendário, para não se perderem, a data da próxima visita, do aniversário, da festividade especial.

Aguardam...

São homens e mulheres que se levantam todos os dias, saem de casa, andam pelas ruas, sempre à espera de que alguém que partiu, retorne.

Que o filho que tomou o rumo do mundo e não mais escreveu, nem deu notícia alguma, volte ao lar.

São namorados, noivos, esposos que viram o outro sair de casa, um dia, e esperam o retorno.

Almas solitárias. Lesadas na afetividade. Carentes.
* * *

O amor, sem dúvida, é lei da vida. Ninguém no mundo pode medir a resistência de um coração quando abandonado por outro.

E nem pode aquilatar da qualidade das reações que virão daqueles que emurchecem aos poucos, na dor da afeição incompreendida.

Todos devemos respeito uns aos outros. Somos responsáveis pelos que cativamos ou nos confiam seus corações.

Se alguém estiver usando meias vermelhas, por nossa causa, pensemos se este não é o momento de recompor o que se encontra destroçado, trabalhando a terra do nosso coração.

Pensemos nisso!

(M) Mensagens





(M) Resgatando a liberdade de sermos quem somos

A educação que recebemos de nossos pais, o exemplo vindo deles e de todas as pessoas relevantes, durante os anos de nossa formação, com certeza marcaram profundamente nossa maneira de ser e de agir ainda hoje. Eram outros tempos, é claro, mas os valores vigentes falavam de honestidade, respeito, ação correta, compaixão com os menos favorecidos e muitos outros aspectos que nos levaram a sermos o que somos.

Lembro-me claramente que nada era comprado a credito. Um envelope colocado bem à mostra sobre a geladeira recebia a cada mês uma quantia em dinheiro que, uma vez completada, servia para comprar uma TV nova, os móveis da sala, ou pagar umas curtas férias na praia. Havia ainda uma reserva que sempre foi suficiente para chamar em emergências um médico-anjo que atendia a domicilio ou para enfrentar fora de casa o dentista-carrasco que cuidava de nossa boca.

Não sou saudosista e devo confessar que muita coisa precisava mudar a fundo no estilo de vida da época, em que imperavam a escassez e a obediência absoluta a regras nunca questionadas.
Namastê


Quase todo mundo estudava principalmente para garantir uma carreira segura, que permitisse uma vida digna, já projetando uma aposentadoria sagrada, ainda que fosse no serviço público, nas forças armadas ou no clero. Sim, a presença da religião dominante era fortíssima e eu mesmo sofri pressão para me tornar padre.


A religião, que em tudo estava ativamente presente, tornava-se algo automático, que repetia à exaustão refrões de culpa e pecado, um percurso quase sem saídas que começava com o batizado (sem nossa autorização, obviamente) e seguia pelos outros sacramentos, com destaque para a missa dominical, com relativa confissão (que constrangimento!) e comunhão, na espera temida e fatídica da extrema-unção, o sair de cena de uma única vida que, de acordo com aquilo que nos era passado, deveria ser de obediência, disciplina, penitência e sofrimento.


Pouco se entendia, nada se percebia realmente sobre Deus, entidade severa e distante que governava a todos através de seus dez mandamentos. Lembro que eu aceitava e me motivava somente com o "ame ao seu próximo como a si mesmo", questão que tornava os outros nove totalmente supérfluos, talvez por virem carregados de uma energia imperativa, distante, ríspida e vingativa. E ainda cujo julgamento final era definitivo, sem perdão, sem apelação. Mas que inferno!


Pessoalmente, não apreciava todos esses e outros conceitos, que considero um grande erro, uma aberração, uma formatação perniciosa de nosso futuro, de nosso imenso potencial criativo e creio que foi por querer me libertar dessa triste realidade que escolhi o Brasil para morar e trabalhar. Meu irmão mais novo acabou trilhando o mesmo caminho e ficou muitos anos por aqui. Os outros dois irmãos acabaram se aposentando por lá.


Bom, na realidade, o episódio que inspirou este boletim foi um fato doloroso em minha vida, que o tempo ainda não deletou de minhas memórias.


Quando eu e meu irmão "brasiliano" nos estabilizamos, cansamos de convidar nossos pais para nos visitar por aqui, afinal, pagaríamos as passagens e a hospedagem ia ser em uma de nossas residências.


V. bem sabe que convencer um genitor a fazer algo pode ser tarefa complicada e, sempre que entrávamos no `assunto viagem´, meu pai dizia que, por gostar tanto do Brasil, mesmo sem nunca ter estado aqui, queria ficar bem mais tempo do que um breve período de férias para conhecê-lo a fundo e, como a aposentadoria estava próxima, nada como ter um pouco de paciência e adiar o tour por uns meses mais.


Assim, dez meses antes de finalmente conquistar a aposentadoria, após mais de 40 anos de trabalho, em vez de conhecer este lindo País, escolheu o dia 2 de Novembro para retornar de vez à Casa do Pai.


Ao relembrar este fato, ainda sinto como que um soco, um grande nó na garganta, até pelo fato de que não consegui me despedir dele naquele momento complicado de minha vida, com um filho de poucos meses e a jovem esposa que ainda não sabia se virar em São Paulo. Perder o pai é algo que machuca muito, mais ainda quando estamos distantes; no entanto, as diretrizes recebidas e o encaminhamento para a vida prática, seu exemplo honrado e seus ensinamentos continuam vivos em mim.


Mas a roda da vida gira sem parar e a família unida de além-mar se divide, se multiplica e agora é da nossa que precisamos cuidar. É quando devemos assumir o papel real de pais, a responsabilidade para com nossos rebentos, espelhando-nos nos conceitos adquiridos, mas buscando filtrar, descobrir e agregar tudo aquilo de bom, de verdadeiro e sagrado que as preciosas experiências dessa existência trouxeram.


É a evolução do ser humano, a descoberta de nossa missão, livres de condicionamentos, de dogmas e pressões externas; o encontro com outros filhos e irmãos que estão em sintonia vibracional conosco, que formam um grupo de obreiros, servidores e buscadores da Luz. Seres por vezes um pouco fechados, introvertidos e que pouco aparecem, mas que com sua energia cristalina, somada a de tantos outros companheiros, de fato ainda sustentam a Verdade, mantendo vivos os valores universais e eternos: uma teia de pessoas dedicadas e conscientes de seu papel, que vivem de forma serena, lúcida, harmoniosa e amorosa.


Trata-se de um grupo especial que é a evolução do núcleo familiar e social e que também se coloca além dos inúmeros grupos interligados por laços de origem, raça, cor, princípios vários, religiões e crenças diversas, bem acima de tudo o que divide, separa; seres vivendo no amor, espalhando à sua volta um halo de energia benéfica, de bem-aventurança, de paz e transformação.


Temos, sim, muito o que reconhecer e agradecer aos nossos antepassados por terem feito tudo que esteve ao alcance deles, preparando o caminho da nossa jornada, conscientes agora de que estamos por nossa vez sendo exemplo para nossos filhos na missão de vida, estimulando-os a irem muito além de nosso legado, a buscarem a Verdade que liberta somente dentro de si mesmos, como seres livres, conscientes de seu valor, poder pessoal e divindade.

(M) Buscando os sonhos

"Mergulhadas no ópio da rotina, as pessoas negligenciam seus sonhos e vão perdendo a capacidade de sonhar. Levam suas vidas sem direção, sobrecarregadas e insatisfeitas, escravas de suas construções burocráticas, na fantasia de que um dia tudo mude se ganharem na loteria, se a esposa deixar, se o chefe, se Deus ajudar..." - César Souza

Durante muito tempo busquei compreender a razão pela qual grande parte da humanidade não segue seus sonhos. Eu que sempre fui uma pessoa inconformada, jamais aceitando conseguir menos do que o meu desejo, não conseguia entender porque as pessoas aceitam passivamente o que a vida lhes impõe. Eu me recordo de ainda adolescente pensar: "Por que as pessoas se vendem tão barato? Por que elas não se rebelam contra as coisas das quais não gostam para seguir o coração?" Na época, sem experiência nenhuma ainda com pessoas isso era um enigma pra mim. Eu desejava profundamente descobrir a resposta e poder mostrar ao mundo que as coisas não precisam ser assim, que apesar das dificuldades da vida, nada é impossível.

Meu pai dizia que eu estava "viajando na maionese", e quando eu crescesse eu saberia, ou melhor, sentiria a resposta na minha própria pele. Bom, eu cresci e descobri a resposta... mas ela está muito longe de ser aquela a que meu pai estava se referindo.

Sufocadas pelo peso dos afazeres diários e obnubiladas pelos padrões de normalidade da sociedade e seu "modus operandi" as pessoas se esquecem de que um dia tiveram sonhos. Vivem como se estivessem hipnotizadas por suas próprias rotinas. Então a grande pergunta não é mais por que as pessoas não seguem seus sonhos, mas sim, por que elas NÃO TÊM sonhos.

Quando comecei a trabalhar com coaching, minha idéia era ajudar as pessoas a se organizarem para conquistarem seus sonhos, mas logo eu percebi que boa parte do meu trabalho inicial seria ajudá-las a descobrir quais eram estes sonhos. Boa parte da humanidade vive como barcos à deriva, indo pra lá e pra cá, ou simplesmente parados no meio do oceano, sem dar-se conta de sua situação.

Insatisfeitas com suas vidas, elas não trazem suas angústia a um nível consciente em que elas poderiam se questionar, descobrir quais são seus verdadeiros problemas e construir uma vida feliz e satisfatória.

Não, elas no máximo desejam ter o que chamo de um "bom nível de normalidade", ou seja, não ser considerado um perdedor pelos padrões normais da sociedade.

Ter a casa própria, um carro decente, uma família saudável e um emprego estável está mais do que bom. Escondidas por trás da economia e da situação do país, essas pessoas não se sentem impelidas a progredir pessoalmente, a conquistar algo fora dos padrões. Este texto está sendo apresentado ao público Brasileiro, que tem a "mania" de usar as dificuldades do país para justificar as falhas pessoais, mas deixe-me dizer-lhe uma coisa: eu moro e trabalho nos EUA, as pessoas são iguais em qualquer lugar.

Se a prosperidade econômica fizesse realmente alguma diferença, eu viveria num país de pessoas realizadas e bem sucedidas, o que não é o caso. Sem entrar em detalhes sobre a situação do povo Americano, mas é interessante observar que os que falham na vida, assim como os Brasileiros, culpam a situação do país!

Meu caro leitor, eu desejo que este texto o incentive a refletir sobre seus próprios sonhos - ou a falta deles - e a partir daí possamos começar juntos uma jornada de autoconhecimento que o guiará na construção de seu próprio futuro (aquele que você realmente deseja para si!)

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Este texto foi escrito por Fran Christy, escritora e consultora em
estratégia e desenvolvimento pessoal.
 

(R) O espetáculo do Eu

A intimidade está à vista de todos: do Orkut aos reality shows, do You Tube aos fotologs, e é cada vez mais habitual que pessoas do mundo inteiro exponham sua vida privada por meio de fotografias, relatos e vídeos. Qual o sentido destas práticas contemporâneas?

por Paula Sibilia

Ao longo da última década, a internet passou a hospedar um conjunto de práticas “confessionais”. Milhões de usuários do mundo inteiro se apropriam de diversas ferramentas disponíveis on-line e as utilizam para exibir sua intimidade. Dia após dia, com a velocidade do tempo real, tanto os detalhes mais saborosos como os mais inócuos de sua vida são expostos nas telas interconectadas da rede global de computadores. Assim, os assuntos mais íntimos de qualquer um se derramam em blogs e fotologs, por meio de webcams sempre ligadas ou em sites como YouTube, Orkut, MySpace, Twitter e Facebook

Trata-se de um verdadeiro festival da vida privada: imagens e relatos que se oferecem sem pudor algum diante dos olhares sedentos de todos aqueles que desejarem dar “uma olhada”. A tendência é bem atual e, de fato, excede as margens da web para inundar todos os meios de comunicação. Basta pensar no sucesso dos reality shows e dos programas de TV que ventilam toda sorte de dramas pessoais, ou no sucesso de vendas das revistas de celebridades e mesmo das biografias, tanto no mercado editorial como no cinema.

Por que tudo isto, que parece tão fútil, é digno de atenção? O fato é que essa súbita insistência em exibir retalhos de intimidades próprias e alheias é inédita: nestas novas práticas, o espaço público e a esfera privada se misturam de uma forma jamais vista. Cabe lembrar que, até pouco tempo atrás, esses dois âmbitos da existência eram opostos e irreconciliáveis, considerados mutuamente excludentes. Mas agora vemos como as telas eletrônicas revelam, sem recato algum, todos os detalhes de qualquer vida. E não se trata apenas de um intenso desejo de se mostrar; há também cada vez mais pessoas dispostas a consumir avidamente esses relatos, fotografias e vídeos.

No entanto, parece haver uma contradição neste fenômeno. Como é possível que os novos diários íntimos – pois é assim que são definidos habitualmente os blogs, por exemplo – se exponham diante dos milhões de olhos que têm acesso à internet? Seria essa exibição pública da intimidade um detalhe sem importância, que não altera a essência do velho diário íntimo em sua atualização cibernética? Ou se trata de algo radicalmente novo?

A rigor, todo esse murmúrio de confidências que emana dessas palavras e imagens parece ser mais “éxtimo” do que íntimo, para recorrer a um neologismo que procura dar conta da novidade. Porque embora existam muitas semelhanças entre os blogs atuais e os diários tradicionais – aqueles que proliferaram nos séculos XIX e XX –, também são enormes as diferenças entre os dois gêneros autobiográficos. Aqueles caderninhos rascunhados no silêncio e na solidão dos ambientes privados de antigamente, muitas vezes sob a luz das velas e envolvidos no mais respeitável dos segredos, tinham uma missão: resguardar todas as dobras daquela sensibilidade típica da modernidade industrial. Eram ferramentas que serviam para que esses sujeitos históricos tentassem se compreender: ajudavam-nos a criar seu próprio eu no papel. Já os blogs, os fotologs e as webcams de hoje, bem como certos usos do YouTube, do Orkut ou do Facebook respondem a outros estímulos e têm metas bastante diversas. Expressam características subjetivas bem atuais e servem a propósitos igualmente contemporâneos. Mas quais seriam essas peculiaridades e esses objetivos específicos? Trata-se de uma pergunta que vale a pena formular, porque a busca de respostas também pode nos orientar rumo à compreensão dos sentidos desses novos hábitos.

PARA SER ALGUÉM

Os antigos diários íntimos eram, para seus autores, cartas remetidas a si próprios. Eram textos extremamente privados, introspectivos e secretos, pois permitiam mergulhar na própria interioridade.

Possibilitavam um afundamento em toda a riqueza e na misteriosa densidade da vida interior de cada um, a fim de decifrar tudo aquilo que se hospedava em suas recônditas profundezas. Já os novos diários éxtimos da internet são verdadeiras cartas abertas. Por isso, parece evidente que tanto seus propósitos como seus sentidos são outros. A própria definição muda, pois em vez de apontar para “dentro” de cada um, os novos meios de expressão e comunicação se voltam para “fora”, buscando conquistar a visibilidade e a celebridade.

Centrando o foco da análise nessa pequena grande diferença, cabe deduzir que nos exercícios cotidianos de autoconstrução via web se desenvolvem subjetividades afinadas com uma cultura bem diferente daquela que imperava nos séculos XIX e XX. Em mais de um sentido, estamos nos afastando daqueles tempos modernos de outrora, que já estão ficando envelhecidos. Pois agora, contrariamente ao que acontecia naquelas épocas já longínquas, novas forças incitam a fazer do próprio eu um show.

Como resultado dessas convulsões, a nossa idéia de intimidade também está mudando. Esse termo costumava aludir àqueles âmbitos da existência que se conheciam, de maneira inequívoca, como “privados”. Uma definição que, até bem pouco tempo, parecia tão óbvia e sem fissuras. No entanto, é cada vez mais evidente que alguma coisa mudou, e que são inúmeras as repercussões dessa transformação. Essas mudanças não são fruto exclusivo dos avanços tecnológicos que hoje nos permitem realizar façanhas antes impensáveis, mas resultam também – e, talvez, sobretudo – de certas redefinições no que tange aos nossos valores e crenças, além de contemplar múltiplos fatores de ordem sociocultural, política e econômica.

Em virtude de todos esses abalos, cujos efeitos foram se consolidando por toda parte nos últimos anos, em vez de se apresentar como o reino do segredo e do pudor, hoje o espaço íntimo se converte numa espécie de cenário onde cada um deve montar o espetáculo de sua própria personalidade. Junto com essas redefinições, alargam-se compulsivamente os limites do que se pode dizer e mostrar. Seja com receio ou com prazer, mas quase sempre com certo espanto, hoje vemos como a velha esfera da privacidade se exacerba sob a luz de uma visibilidade que se deseja total.

Entre outros motivos, isso se dá porque essa visibilidade promete nos conceder a tão prezada celebridade. E, por si mesmas, essas condições parecem capazes de legitimar a existência daqueles que conseguem conquistá-las: ser visto e ser famoso equivale, cada vez mais, a ser alguém. Mesmo que não exista motivo algum para estar à vista de todos, e embora essa celebridade não tenha nenhum sentido exterior a ela própria. Assim, em virtude dessas transmutações, em anos recentes, a espetacularização da vida privada mais banal tem se tornado habitual – e desejável. E, como diria Guy Debord – autor do “profético” manifesto A sociedade do espetáculo, publicado há mais de quatro décadas -–, segundo esta nova lógica, o espetáculo se torna tautológico. Se algo aparece nos meios de comunicação é porque é bom. Mas por que é bom? Porque aparece nas telas midiáticas. E vice-versa, e só isso.

Pois já não é mais necessário ter feito algo extraordinário para ter acesso ao cobiçado pódio da fama, nem sequer dispor de alguma qualidade peculiar ou algum conhecimento valioso. Hoje, praticamente todos temos à nossa disposição um arsenal de técnicas para estilizar a personalidade e as experiências vitais. Além de aplicar esses recursos cotidianamente, para aprimorar a própria imagem, é preciso projetar de forma adequada os resultados dessa auto-estetização, a fim de nos posicionarmos do melhor modo possível no competitivo mercado das aparências e atrair os olhares alheios. As receitas mais eficazes para obter sucesso nessa espetacularização de si provêm dos moldes narrativos e estéticos que aprendemos ao longo das últimas décadas, tanto no cinema como assistindo televisão e consumindo publicidade, e que agora se recriam e desdobram nos novos gêneros interativos da web.

A noção de intimidade não é a única que se esvanece nesse turbilhão de mudanças. Perdem nitidez, também, as fronteiras que costumavam dividir aqueles dois tipos de espaços onde transcorria a existência moderna: a esfera pública e o âmbito privado. As paredes que os separavam, e que eram sólidas e opacas, desempenhavam papel fundamental na elaboração do eu moderno. Nesse processo cotidiano de autoconstrução, os diários íntimos podiam servir como uma útil ferramenta. Agora, porém, quando esses muros apresentam frestas que deixam infiltrar os olhares alheios, esse tipo de instrumento perdeu a sua utilidade. Porque hoje são outros os modelos subjetivos que se criam e se expõem incansavelmente nos monitores interconectados pelas redes globais; e, portanto, deverão ser outras as ferramentas adequadas para atingi-los.

Por isso aumentou tanto a quantidade de pessoas que recorrem à internet para experimentar, ensaiar e brincar, testando novas formas de ser alguém – e se relacionar. Nos jogos que se desenvolvem nesses reluzentes cenários virtuais surgem estilos cada vez mais distantes do paradigma moderno do “homem sentimental”, por exemplo. Ou seja, aquele sujeito tipicamente oitocentista, que cultivava seus segredos íntimos para construir seu eu em torno de um eixo situado “dentro” de si mesmo, uma essência afincada na própria interioridade, nesse âmago cuja obscura solidez era capaz de defini-lo por inteiro.


Em contraste com essas vertentes mais antigas, os novos gêneros autobiográficos anunciam outros modos de ser. Formas subjetivas que resultam mais adequadas ao mundo contemporâneo, um ambiente que já não é mais aquele universo da modernidade industrial. Em lugar daquela subjetividade interiorizada, que se engendrava no silêncio e na solidão dos velhos ambientes privados, agora se desenvolvem formas de ser mais “exteriorizadas” e compatíveis com nosso meio.

Tudo ocorre como se estivesse se deslocando, paulatinamente, o eixo em torno do qual cada sujeito elabora seu eu. Nascem, assim, entre nós, subjetividades bem menos concentradas na “vida interior” e mais voltadas para o campo do visível. Esses novos sujeitos, tão contemporâneos, crêem que devem ser capazes de mostrar o que eles são na própria pele e na luz das telas.

SUJEITOS HISTÓRICOS
Não se trata de meras futilidades sem importância, pois tais habilidades são cada vez mais imprescindíveis para poder lidar adequadamente com os demais e para obter sucesso nos diversos mercados da atualidade. Esses novos “modos de ser” que hoje se configuram, assim treinados no dia-a-dia das telas e dos teclados, são mais úteis e produtivos na hora de saciar as demandas da nossa sociedade.

Não é fácil adivinhar para onde apontam estas tendências, pois se trata de uma transição que está em pleno andamento. Um fenômeno cujo desenvolvimento é extremamente veloz, e seu caminho não só está repleto de metamorfoses constantes, mas também de contradições e surpresas. Embora ainda persistam várias características daqueles modelos tipicamente modernos, são muitos os indícios que sugerem esse deslocamento do núcleo em torno do qual as subjetividades se constroem. Um deslocamento nos próprios eixos do eu. Assim, cada vez mais, a verdade sobre cada um de nós abandona aquele núcleo secreto e íntimo – onde se refugiavam as subjetividades interiorizadas dos séculos XIX e XX .

Por isso, em vez daquele olhar introspectivo dos velhos diários íntimos e todo o universo da cultura letrada em geral, agora se estimula o espetáculo do eu. E, para responder com eficácia a essas demandas é necessário colocar em ação uma série de habilidades vinculadas com as linguagens midiáticas. Em vez de nos buscarmos apontando para “dentro”, agora somos intimados a ir para “fora”.

Graças aos recursos oferecidos pela web e outros meios de comunicação que se tornam cada vez mais audiovisuais e interativos, as novas construções pessoais podem ser exibidas nas telas globais. E é desse modo que este novo tipo de eu se realiza. Porque em nossa sociedade do espetáculo só é aquilo que se vê, e por isso é necessário aparecer para que os olhares alheios confirmem a própria existência. Trata-se daquilo que se espera de nós: é o nosso modo de ser contemporâneo

domingo, 20 de fevereiro de 2011

(M) Priorizar

Priorizar o que dá certo, o que é realmente mais importante para você, em primeiro lugar, requer paradigmas condizentes com esse resultado. Parece óbvio, mas muita gente sofre de má priorização porque mantém na cabeça conceitos que não produzem resultados positivos em sua vida. Gostar de assistir novela é um bom exemplo.

Do ponto de vista de aproveitamento do tempo, da vida e de produtividade pessoal, o que a novela acrescenta? Nada, é claro. Mas é incrível a quantidade de gente interessada em melhorar, em aprender como viver intensamente que perde horas diariamente na frente da TV assistindo a programas que não acrescentam nada às suas vidas. A vontade é uma (melhorar, se desenvolver
pessoalmente), mas o paradigma é outro (o prazer de um entretenimento vazio, o fator social - ficar por dentro das novidades, etc.).

Esse paradoxo na priorização é muito evidente em casos de pessoas acima do peso que estão constantemente querendo emagrecer. O desejo da pessoa é claro: ela quer perder peso. Mas a prioridade recai sobre o prazer da comida e do conforto ao invés do objetivo em si.

Então, mudar prioridades e aprender a priorizar o que você realmente deseja, o que você entende que é melhor pra você requer uma mudança prévia de paradigmas e valores.

Não há forma fácil ou truque para se atingir esse fim, entretanto! A força de vontade e a disciplina parecem ser realmente indispensáveis para realizar mudanças profundas que reflitam no comportamento.

O ponto central na mudança de paradigmas é sair da superficialidade de adotar suposições fáceis, respostas prontas e começar a analisar profundamente e com discernimento os motivos por trás de seus conceitos e ações. Às vezes, só o simples fato de parar para pensar no porquê de uma atitude sua ou conceito que você mantém já faz com que aquele paradigma desmorone. Muitas das idéias que as pessoas mantêm são ilógicas, bobas, irreais ou ineficazes e, em alguns casos, basta pensar no assunto para perceber o problema.

Mas assim tão simples? Essa estratégia funciona para alguns paradigmas, mas não para todos. Funciona para aqueles que são mantidos por normalidade, tradição ou praticidade, ou seja, coisas que você pensa ou faz pelo simples fato de que todo mundo faz da mesma forma, você aprendeu a fazer daquela forma ou descobriu que era a forma mais fácil.

Você nunca parou para pensar no assunto, nunca refletiu, nunca analisou se a forma como você pensa ou faz algo é realmente a melhor forma. O parâmetro de análise depende do que exatamente você está julgando, é claro.

Você pode analisar formas de pensar, como por exemplo: você quer ser bem sucedido profissionalmente; você tem idéias sobre como e o que deve fazer para chegar lá.

Essas idéias foram se formando em sua cabeça sem muita reflexão, você foi pegando uma coisinha aqui, outra ali e nunca parou para pensar se realmente a forma como acredita estar progredindo realmente irá levá-lo aonde você quer, ou seja, à situação de sucesso profissional que você busca.

Ao parar para refletir profundamente sobre o assunto e começar a se questionar porquê você pensa de tal forma, você começa a encontrar os furos em sua linha de pensamento.

É essencial não se contentar com as respostas prontas que você dá a si mesmo. Faça como uma criança chata, fique perguntando "por quê?" até você chegar à raiz dos seus motivos e linha de raciocínio. Não raro, você vai se pegar dando respostas frouxas e sem nexo, resultado de paradigmas herdados, coisas que você acredita só porque todo mundo parece pensar da mesma forma, porque é normal. 

Para cada resposta que você der a si mesmo para justificar um pensamento ou atitude, se pergunte por que você pensa assim, se pergunte se tem lógica e peça provas! Por exemplo, digamos que você pense que para ser bem sucedido você precisa trabalhar duro. Por que você pensa assim? Esse raciocínio tem lógica? Por quê? Pessoas que trabalham duro são todas bem sucedidas? Por quê? Ao se aprofundar numa análise de paradigmas como essa, nem sempre você pode ter a resposta certa em mente. Você pode não saber, como nesse exemplo, que trabalho duro não é o segredo do sucesso e pode estar convencido de que é. No entanto, o raciocínio contrário que busca lógica no paradigma pode levá-lo a buscar mais informações sobre o assunto para que você possa reconstruí-lo. Ao se dar conta de que trabalho duro pode não ser o caminho certeiro para o sucesso - pois é evidente que nem todo mundo que trabalha duro é bem sucedido -, você tem um motivo para procurar informações sobre o assunto para "consertar" seu paradigma.

Por que isso é tão importante? Porque se você não compreender os motivos por trás de seus pensamentos e atitudes, você vai continuar cometendo os mesmos erros na vida e não vai saber o que é que está dando errado. É importante, também, para que você possa alinhar seus paradigmas com seus objetivos, fazendo o que você realmente acredita que irá lhe ajudar a conquistar suas metas.

http://www.sonhosestrategicos.com.br 

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

(M) A Canoa

Em um largo rio, de difícil travessia, havia um barqueiro que atravessava as pessoas de um lado para outro.

Em uma das viagens, iam um advogado e uma professora.

Como quem gosta de falar muito, o advogado pergunta ao barqueiro:

Companheiro, você entende de leis?

Não – Responde o barqueiro.

E o advogado compadecido:

É pena, você perdeu metade da vida!

A professora muito social entra na conversa:

Seu barqueiro sabe ler e escrever?

Também não – Responde o remador.

Que pena! – Condoi-se a mestra!

– Você perdeu metade da vida!

Nisso chega uma onda bastante forte e vira o barco.

O canoeiro preocupado, pergunta:

Vocês sabem nadar?

Não! – Respondem eles rapidamente.

Então é uma pena – Concluiu o barqueiro

– Vocês perderam toda a sua vida!”

"Não há saber mais ou saber menos: Há saberes diferentes!" Paulo Freire

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

(M) Inauguração diária

Você já participou de alguma inauguração? Já reparou como tudo é bonito, festivo, em dia de inauguração?

As pessoas usam as suas melhores roupas e seus melhores perfumes.

Os sorrisos estão por toda parte. E todos os detalhes são minuciosamente cuidados. As cores das flores devem combinar com o restante da decoração, a música não pode estar tão alta que perturbe o ambiente.

O cafezinho tem um sabor especial. A recepção é impecável. Enfim, tudo é maravilhoso em dia de inauguração.

A mercadoria se apresenta nos balcões, nas vitrines, nas mesas, harmoniosamente disposta. Um atrativo para os olhos.

Entretanto, no dia seguinte, o mesmo local, as mesmas pessoas, a mesma mercadoria não tem o mesmo encanto. À medida que os dias se escoam, os funcionários vão se mostrando cansados e já não atendem tão bem a clientela.

O cafezinho nem sempre está gostoso. As flores não são trocadas com regularidade e apresentam a tristeza amarelada do ambiente em que se encontram. Parece que tudo vai assumindo um ar de mesmice.

Assim é na nossa vida, muitas vezes. Chega um momento em que nos permitimos cair na monotonia e nos esquecemos da grandeza da vida que vivemos e da riqueza de tudo que nos cerca.

Erguemo-nos pela manhã, trabalhamos, estudamos, nos alimentamos quase que mecanicamente.

Certo, a vida não é uma eterna festa, mas não pode ser simplesmente um amontoado de dias que se sucedem.

Importante seria que pensássemos em nossa vida em termos de uma constante inauguração. Ter, a cada despertar, algo novo em mente.

Um projeto diferente. Criar situações que nos revigorem as disposições para a alegria. Lembrar de detalhes:

mandar flores para alguém, mesmo que não seja dia de aniversário.

Pode-se criar o dia de mandar flores. Escrever um bilhete de agradecimento. Mesmo que seja só para agradecer o fato de ter alguém por amigo, irmão.

Fazer uma vista inesperada.

Enriquecer nossas amizades com contatos freqüentes e cordiais. Promover um encontro com os vizinhos. Colecionar frases positivas.

Recomeçar estudos interrompidos. Iniciar outras etapas de aprendizado. Não desistir nunca de aprender.

Criar novas idéias. Fazer uma meditação diária sobre os objetivos da vida.

E não esquecer nunca de que para ser dia de inauguração tem que se estar feliz, ter esperança no futuro, sentir que está se fazendo algo novo e desafiador.

Em síntese: dar sentido à própria vida.

* * *

Cada dia que surge, renovado, nos traz as oportunidades de trabalho, aprendizado, enriquecimento do Espírito.

Na forja das horas amadurecemos nossos conceitos, reformulamos idéias e ideais.

Enquanto se multiplicam as semanas e se somam os meses, na Terra que nos acolheu para as experiências do progresso, invistamos na vida e perseveremos na execução dos nossos planos de felicidade, sem receios infundados, nem desânimo injustificado.

Inauguremos nossa vida a cada dia, todos os dias.

(M) A crença do não-merecimento


 

por Andre Lima - andrelimareiki@gmail.com

Imagine que você adota um cãozinho vira-lata. Você o leva para a sua casa, alimenta, dá banho, trata, leva ao veterinário e o enche de carinho. Será que esse cãozinho iria pensar "eu não mereço nada disso, meus amigos na rua passando fome e eu aqui com esse luxo todo..."

Imagine tudo isso sendo falado em um tom dramático de culpa e "humildade". Imagine o cãozinho se sabotando. Não come mais a ração e pede para o dono comprar outra mais baratinha. Diz também que não precisa de tanto assim. Pra que tanto conforto? E os colegas da rua que não têm nada disso? E o que ele fez para merecer tudo de bom? Por que outros não tem acesso às mesmas coisas? É claro que um cachorro jamais agiria dessa forma. Ele apenas aceita e aproveita tudo que lhe é ofertado. O animal não precisa de razões para justificar ter uma vida boa. Já nós, seres humanos, temos uma  tendência de precisar encontrar motivos que justifiquem as coisas que temos ou ganhamos: só me sinto confortável  em ter muito se eu trabalhar muito; só consigo me sentir bem em ter uma vida boa se eu disser que passei muitos anos estudando e trabalhando para conquistar esse resultado; se eu não me sacrifico, não me sinto no direito às melhores coisas; só posso me permitir cobrar um preço mais alto se eu estudar tantos anos a mais.

Quando a criança nasce, ela não questiona se merece ou não o que recebe. No entanto, quando o pensamento vai se desenvolvendo e torna a estrutura do ego mais complexa, a mente começa a comparar, julgar e vão surgindo, em uma idade ainda muito tenra, os pensamentos de não merecimento e culpa. Inicialmente, a criança vai se comparar com os irmãos, observando se eles têm mais ou menos, se são felizes ou infelizes. Irá também começar a observar o sofrimento dos pais. E conforme for a situação familiar, quanto maior for o sofrimento, maior a tendência de se desenvolver sentimentos de culpa em ser feliz, culpa em ter, culpa em receber. Ao crescer um pouco mais, a criança irá também começar a ter contato com as pessoas do mundo exterior e seus sofrimentos, o que poderá alimentar ainda mais a sensação de culpa e não merecimento em ter uma vida melhor do que a média.

Uma infância pobre onde a criança não teve as necessidades básicas plenamente satisfeitas (alimentação, roupas, lazer e etc.) pode ser também bastante prejudicial. De tanto ouvir: Não pode; não temos; não dá; não é pra você; não é para nós (e as vezes até 'quem você pensa que é pra querer isso ou aquilo, pensa que é melhor que os outros, pensa que é rico?) a criança cresce e vai internalizando cada vez mais que ela não pode e não merece acesso a certas coisas.


Avalie a si próprio. Sente dificuldade em receber presentes? Precisa presentear ou fazer algo de volta pela pessoa para ficar em paz? Consegue receber elogios de forma natural ou precisa minimizá-los ou  retribuí-los na mesma hora? Quando há uma possibilidade de ganhar algo de bom (um sorteio, uma promoção no trabalho, uma viagem...) tem uma tendência de deixar para outras pessoas ou você também quer ganhar e aproveitar? Se você conquista uma situação melhor (maior salário, vida mais confortável) precisa justificar pra você mesmo ou para os outros o tanto que você trabalhou para conquistar aquilo? Quando adquire algum bem (carro, casa, roupas) você precisa pensar e justificar para você mesmo ou para os outros que esforçou bastante para se sentir bem com o que adquiriu? Se algo vier muito fácil, você aceita e usufrui tranquilamente, ou aproveita mas com sentimento de culpa?
(...)

Existe ainda a crença do merecimento ligada a questões espiritualistas e religiosas. "Fulano não teve o merecimento para se curar de tal doença". "Eu não tive o merecimento para sair da situação financeira difícil que vem desde a infância." "Se for do merecimento de fulano, ele irá conseguir".  "Se você não saiu ainda dessa situação é porque não é do seu merecimento". Fica simples e conformista demais uma justificativa dessa forma. Desenvolve-se  um sentimento de que, se tem algo negativo, é porque essa pessoa "merece" passar por aquilo, até quando  ninguém sabe. Por muitas vezes isso acaba gerando  uma perpetuação do sofrimento por culpa e auto punição. As vezes as pessoas se tornam passivas e deixam de compreender mais profundamente as razões daquele sofrimento, perdendo também a chance transformá-lo.

Deveríamos aproveitar o exemplo  dos animais que não questionam se merecem algo ou não. Eles sempre aproveitam a abundância. E quando passam por dificuldades fazem o melhor que podem para sair delas, sem se preocupar ou sentir culpa se fizeram ou deixaram de fazer algo para passar por aquilo.

Declare-se merecedor, e vá em busca do que você deseja. Seja persistente até alcançar o que deseja. Se a solução vier rápida e facilmente, aceite e aproveite. Não compre  o título que alguém tente lhe passar de 'não merecedor pois isso acaba apenas criando passividade e culpa. Acredito que todos nós, de forma consciente ou inconsciente demos causa ao nosso sofrimento, ou atraímos ou pelo menos contribuímos para ele. Ainda assim, todos merecem se libertar do sofrimento.

(I) Sonhos Estratégicos

(...) o motivo das pessoas não seguirem ou não conquistarem seus sonhos - a verdade é que a maioria delas não tem sonhos, não sabem o que querem da vida, além do que a sociedade impõe que "devemos" querer.

Saber o que se quer, entretanto, não basta! Sem ação não há realização. Agir sem direcionamento também não resolve. Uma ação aqui, outra ali, outra lá e você desperdiçou um bom tempo sem conseguir resultados concretos.

Identificar seus sonhos e transformá-los em "sonhos estratégicos" é a chave para a construção de uma vida de realizações.

Pode ser que seus sonhos sejam simples, pode ser que sejam grandiosos, não importa.

A vida não tomará conta deles sozinha. É preciso que você saiba o que deve fazer para alcancá-los, ou pelo menos qual o próximo passo. É preciso que você tenha a iniciativa e a proatividade de partir para a ação e também é preciso que você mantenha-se focado seguindo em uma só direção. Com estes 3 elementos alinhados não há o que você não consiga conquistar!

Agora, 95% da humanidade não consegue prosperar pois falha em uma ou todas dessas etapas. Alguns não sabem o que querem ou quais são seus sonhos, outros sabem o que querem mas não sabem o que fazer para chegar lá e mergulhados no oceano de suas obrigações e compromissos acabam esquecendo de seus sonhos. Há ainda aqueles que sabem o que querem, tem uma idéia de como chegar lá, mas mudam constantemente de estrada, não conseguem seguir em linha reta, sentem-se inseguros com relação ao seu próprio caminho, sempre achando que deve haver alguma outra forma de chegar onde querem mais rápida e fácil.

Postura pessoal também tem uma grande influência nos resultados que conseguimos (ou não) alcançar na vida.

(E) Inimigos gratuitos e amigos fortuitos!


Prof. Chafic Jbeili*

O professor entra na sala de aula, escreve o nome no quadro, se apresenta e diz aos estudantes qual a importância de se estudar a matéria proposta, para a qual ele preparou apostila, recortes, slides, dinâmicas, textos complementares, entre outros materiais de apoio. Do nada, um aluno levanta a mão e pergunta: “Ow, você não tinha nada melhor pra fazer do que vir aqui falar sobre esse assunto não?”...

O motoboy atravessou dois bairros inteiros com a velocidade necessária para levar uma pizza ainda quente ao cliente do delivery. Chegou ao endereço do freguês na hora combinada, são e salvo de qualquer acidente de trânsito, e recebe o pagamento! Do nada, um pivete sai de trás do poste e lhe rouba o dinheiro da entrega...

A enfermeira está no plantão há quase 24 horas. Ela ajudou naquele dia salvar duas vidas e cuidou de outras dezenas de pessoas na administração dos remédios prescritos. Seu turno está para vencer e ela precisa descansar para recobrar as forças desgastadas por um dia produtivo de bem ao próximo. Do nada, uma pessoa que acabara de pegar a senha exige atendimento imediato ao companheiro que está passando mal e, aos berros na recepção do hospital retira com uma seringa um pouco de seu próprio sangue contaminado com HIV e sai picando os braços de todos, inclusive da enfermeira que estava no final do plantão...

Esses três casos ilustram outros milhares que acontecem diariamente. Casos que são protagonizados por inimigos gratuitos. Eles surgem do nada, não pedem explicações e apenas desferem em você as suas muitas raivas; suas neuroses mal elaboradas; seus anseios mal saciados; suas carências mal supridas; suas perguntas mal respondidas e a promíscua lembrança do berço que nunca teve. Na melhor das hipóteses sofrem de micro lesão no córtex frontal, tornando-os naturalmente amorais, destituídos de juízo, incapazes de distinguir certo e errado.

Esses tais inimigos gratuitos são indivíduos doentes da cabeça ou da alma; humanos mal desenvolvidos, pessoas mal resolvidas. Eles estão no trânsito, atrás dos postes, nas salas de aula, nos hospitais, nas repartições públicas, na padaria da esquina, nos escritórios e, às vezes, até dentro das igrejas ou da sua própria casa. O prazer deles é satisfazer o desejo perverso em danar a sua vida, sem que haja qualquer motivo aparente. Vítimas de vítimas? Nem sempre! São vítimas de si mesmos! Dignos de dó, intervenção médica e oração por misericórdia; fazer o quê?

Eles surgem do nada! De repente aparecem na estrada quando o pneu do seu carro fura e aproveita pra te roubar; aparecem na recepção do escritório e levam o computador; eles dão conselhos malignos, sugerem o pior caminho, te oferecem emprestar uma arma, te guiam por um atalho que leva à morte, te induz ao estranho e, muitas vezes aparecem apenas para dar um sorriso e dizer “Dessa você não passa!”...

Mas também têm os amigos fortuitos, anjos do céu, enviados por Deus para estender uma mão amiga naquelas horas mais inusitadas. Eles também surgem do nada, de repente aparecem na estrada para te ajudar quando o pneu do seu carro fura; aparecem na recepção do escritório quando você precisa daquela palavra de força; eles dão sábios conselhos, sugerem o melhor caminho, emprestam uma ótima idéia, guiam com retidão no caminho das pedras; defendem você do estranho e, muitas vezes aparecem apenas para dar um sorriso e dizer “Deus é maior! Tenha fé que isso também passará”...

Os amigos fortuitos são indivíduos dotados de almas bondosas, humanos evoluídos, pessoas agraciadas. Eles também estão no trânsito, na frente dos postes, nas salas de aula, nos hospitais, nas repartições públicas, na padaria da esquina, nos escritórios e, na maioria das vezes, até dentro das igrejas ou da sua própria casa. O prazer deles está no desejo nobre em melhorar a sua vida, sem que haja qualquer motivo aparente. São dignos de gratidão e bênçãos multiplicadas, assim seja!

Nesta semana, fique atento aos inimigos gratuitos e não deixe que eles eventualmente ofusquem o brilho de suas idéias e ações, permaneça firme nas suas convicções e projetos, por que para cada inimigo gratuito que por acaso surgir no seu caminho pelo menos três amigos fortuitos hão de surgir providencialmente e lhe servir nas suas necessidades mais imediatas! Você pode acreditar nisto? Eu acredito!

Abraços e boa semana!

(I e M) Gargalo

Tudo na vida tem o que eu chamo de "gargalo". O gargalo é um trecho estreito, difícil e, de certos pontos de vista, até mesmo intransponível. É esse gargalo que mantém boa parte da humanidade na mediocridade de suas vidas sem graça e frustrantes. Para passar pelo gargalo, do que quer que seja, é preciso uma boa dose de determinação, disciplina, coragem, foco e autoconfiança.
 
Quem costuma correr conhece na prática a sensação de "gargalo"! Ao começar a correr ou a praticar qualquer atividade física de alta intensidade, os primeiros 10 a 15 minutos são de morrer!
 
Você tem um impulso quase que incontrolável de parar e voltar para o conforto inicial. Seu corpo não gosta de dificuldade, seu cérebro quer fazer o que o corpo gosta e só mesmo a sua força de vontade é capaz de lhe puxar através dos minutos iniciais. Porém, ao passar pelo gargalo dos primeiros 10 ou 15 minutos, a corrida se torna prazerosa por um certo tempo até que o corpo começa a cansar naturalmente.
 
Esse processo se repete em tudo na vida que exige dificuldades que nosso cérebro se sente preguiçoso demais para enfrentar de boa vontade. Uma dessas dificuldades é o medo do conhecimento desconhecido.
 
Ajuda muito, entretanto, ter essa noção de que ao passar pelo gargalo tudo fica mais fácil. Nenhuma dificuldade é permanente.
 
A melhor forma de superar o medo do conhecimento desconhecido é obter informações. Acumular conhecimento sobre determinado assunto é como acender lâmpadas para iluminar uma grande sala, quanto mais você sabe, mais você consegue enxergar, com mais clareza você consegue ver e compreender o que há para ser entendido sobre o assunto.
 
O grande perigo é se deixar dominar pelo medo do que não se conhece como se isso não pudesse ser superado!
 

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

(R) Como os pais podem ajudar na aprendizagem dos filhos

As boas escolas ensinam, mas só quem pode educar para a vida são os pais
Os pais zelosos costumam fazer grandes esforços pela educação de seus filhos. Têm razão. Há poucas áreas da vida de uma pessoa que não são direta e positivamente influenciadas pela sua educação. Estudo aumenta a renda, reduz a criminalidade e a desigualdade de renda, tem impactos positivos sobre a saúde e diminui até o risco de vitimização pela violência urbana. Muitos pais, porém, concentram seus esforços no lugar errado: procuram escolas caras, com instalações vistosas e tecnologicamente avançadas, e entopem seus filhos de atividades extracurriculares. A pesquisa empírica, ainda que esteja longe de poder prescrever um mapa completo de tudo aquilo que os pais podem fazer para que seus filhos cheguem a Harvard, já identifica uma série de fatores importantes (e outros irrelevantes) para o sucesso acadêmico das crianças.

Comecemos pelo início. Ou, aliás, antes dele: na escolha do(a) parceiro(a). As pesquisas revelam que o fator mais importante para o aprendizado das crianças é o nível educacional de seus pais. A escolarização dos pais é mais importante do que a escolarização dos professores (três vezes mais, para ser exato) e do que qualquer outra variável ligada à educação — inclusive a renda dos pais (um aumento de um ano da escolaridade dos pais tem impacto nove vezes maior sobre a escolaridade dos filhos do que um aumento de 10% da renda). Não é que a renda dos pais não seja importante: ela é, sim, em todo o mundo. Mas a escolaridade é mais. Muito do que atribuímos ao nível de renda dos pais é, na verdade, determinado por seu nível educacional, pois pessoas mais instruídas acabam ganhando mais dinheiro.

Nascido o filho, uma boa notícia: não há, que eu saiba, comprovação de que os métodos de aceleração de desenvolvimento cognitivo para bebês, sejam eles quais forem, tenham qualquer impacto. Alguns, como a linha de produtos Baby Einstein, por exemplo, foram recentemente identificados como tendo inclusive uma relação negativa com o desenvolvimento vocabular. As pesquisas também vêm demonstrando que não há correlação do QI de uma criança em idade pré-escolar com seu desempenho futuro (a relação começa a aparecer lá pelos 8 ou 9 anos), de forma que não há razão para desespero se o seu filho não estiver fazendo cálculo infinitesimal antes de abandonar as fraldas.

Não há, igualmente, impactos positivos para os bebês que frequentam creches. Há, sim, impactos significativos e bastante relevantes para as crianças que frequentam a pré-escola. Falaremos mais sobre ela no próximo mês, mas quem puder colocar o filho na pré-escola estará dando um importante empurrão ao desenvolvimento do filho, que perdura a vida toda.

Finda a pré-escola, os pais que têm a sorte de poder colocar seus filhos em escolas particulares deparam com a decisão que parece ser a definitiva: em que escola matricular o rebento? A boa notícia é que essa decisão é bem menos importante do que parece. A má é que o trabalho dos pais não termina depois da decisão de onde colocar o filho. Pelo contrário: a pesquisa mostra que aquilo que acontece dentro de casa é mais importante do que a escolha da escola. Um estudo recente, por exemplo, decompôs a diferença de performance entre escolas públicas e particulares no Saeb, teste educacional do MEC, e encontrou o seguinte: nos resultados brutos, a escola particular tem desempenho 50% acima da pública. Porém, quando inserimos na equação o nível de renda dos pais dos alunos, essa diferença cai para 16%. Dois terços da diferença entre escolas públicas e privadas se devem, portanto, não a fatores da escola, mas do alunado. (Esse estudo e todos os outros mencionados neste artigo estão disponíveis em twitter.com/gustavoioschpe.)

Isso não quer dizer que a escola não importa, obviamente. Ela importa, e muito. Mas as diferenças mais importantes são entre sistemas escolares de países ou regiões diferentes. Dentro do mesmo sistema, em termos de aprendizagem, as diferenças são menos importantes do que a maioria imagina. Para os pais preocupados em escolher a melhor escola possível para o sucesso acadêmico do seu filho, o Enem é um bom sinalizador. Não é uma ferramenta definitiva, já que a participação no exame é opcional, produzindo uma amostra não aleatória, mas é um bom começo. Para escolas com resultados parecidos no Enem, usaria, como critério de “desempate”, as práticas consagradas de sala de aula e os critérios de formação de professores e gestores detalhados na trilogia publicada neste espaço nos últimos meses.

O mais importante que os pais podem fazer, porém, está dentro de casa, diuturnamente. O acesso e o apreço a bens culturais, especialmente livros, são fundamentais. A quantidade de livros que o aluno tem em casa é apontada, em diversos estudos, como uma das mais importantes variáveis explicativas para seu desempenho. É claro que não basta ter livros: é preciso lê-los, e viver em um ambiente em que o conhecimento é valorizado. Alunos que leem mais têm desempenho melhor, importando pouco o que leem: a correlação é observada para livros, jornais e revistas. Alunos que tiveram pais que leram para eles na tenra infância têm melhor desempenho. Pais envolvidos com a vida escolar dos filhos e que os incentivam a fazer o dever de casa têm impacto positivo (curiosamente, o envolvimento dos pais no ambiente escolar tem se mostrado irrelevante). Porém, pais que fazem o dever de casa com (ou pelo) seu filho provocam piora no desempenho acadêmico, por melhores que sejam as intenções.

Morar perto da escola ajuda. Em uma resenha de oito estudos sobre o tema, os oito indicaram relação negativa entre distância casa-escola e aprendizado dos alunos. Talvez essa relação influencie outro detrator do aprendizado: o absenteísmo. Aluno que falta à aula é, em geral, aluno que aprende menos. Outro fator negativo é o trabalho: alunos que trabalham além de estudar aprendem menos. Infelizmente não conheço estudos sobre o impacto do trabalho nos alunos universitários, mas aposto que parte da enorme diferença de qualidade entre as universidades brasileiras e as americanas se deve ao ambiente de dedicação exclusiva que estas conseguem impor aos seus alunos.

Ter computador em casa também tem resultados mensuráveis sobre o aprendizado. Quem pode comprar um que o faça.

Finalmente, falemos sobre aspectos psicológicos. Um dos grandes esforços dos pais modernos é aumentar a autoestima de seus filhos. Na educação, seu impacto é incerto: de catorze estudos analisando o assunto, só em metade se viu relação positiva entre autoestima e aprendizado. Em outro estudo, descobriu-se que o impacto do desempenho acadêmico é três vezes mais importante que a autoestima do jovem do ensino médio para a determinação do seu salário quando adulto.

Os fatores que têm impacto sobre o aprendizado são outros: gostar de estudar, ter maior motivação, aspirações de futuro mais ambiciosas, persistência e consistência são todas variáveis que estão correlacionadas a melhores notas. Os pais não podem incutir em seus filhos todas essas virtudes (e a interessante discussão sobre quanto controle os pais têm sobre o destino de seus filhos é tema para artigo futuro), mas há muito que podem fazer para criar ambientes domésticos mais propícios ao surgimento ou fortalecimento dessas características.

Por fim, duas ressalvas. Ser bom aluno não significa ser feliz ou bom cidadão ou quaisquer outras virtudes que são tão ou mais desejadas pelos pais que o sucesso acadêmico dos filhos. Elas simplesmente não estão mencionadas aqui porque não constituem minha área de estudo. Segundo, talvez falte nessa lista — por ser simplesmente imensurável — aquilo que de mais importante um pai pode dar a seu filho: amor.

(M) Mexa-se

Um dia um burro caiu dentro do poço de um sítio. O animal zurrou piedosamente durante horas enquanto o agricultor pensava numa solução para o retirar dali.
Finalmente o agricultor concluiu que o animal era velho e que o poço deveria mesmo ser tapado. Não valia o esforço, retirar o burro. Convidou todos os vizinhos para o ajudar. Cada um trouxe uma pá e foram deitando porcaria para dentro do poço. Ao princípio o burro percebeu o que estava a acontecer e zurrou desesperado. Depois, para espanto de todos calou-se e ficou quieto.
Após algumas "pazadas", o agricultor decidiu olhar para dentro do poço. Ficou espantado com o que viu. A cada "pazada" que lhe caia em cima, o burro tinha uma atitude interessante. Abanava-se e dava um passo para cima. De cada vez que caía porcaria em cima do animal, este sacudia-se e dava um passo para cima. Num instante, todos se espantaram quando o burro saiu calmamente de dentro do poço e trotou para longe.
A vida vai atirar-te muitas pás com todo o tipo de porcaria. O truque para saíres do poço (leia-se  “merda”) é deixá-la de lado e dar um passo em frente, não fique se revolvendo em meio a ela. Cada um dos nossos problemas é uma pedra para pisar. Podemos sair do mais fundo dos poços apenas por não pararmos, por nunca desistirmos! Sacode e dá um passo em frente.

1. Liberta o teu coração do ódio – perdoa
2. Liberta a tua mente de preocupações – a maioria não acontece
3. Vive de forma simples e aprecia o que tens
4. Dá mais
5. Espera menos

Desfruta da vida... Mexa-se!