sábado, 20 de outubro de 2012

O PORTEIRO DO PUTEIRO

Não havia no povoado pior emprego do que 'porteiro da zona'.
Mas que outra coisa poderia fazer aquele homem?
O fato é que nunca tinha aprendido a ler nem escrever, não tinha nenhuma outra atividade ou ofício.
Um dia, entrou como gerente do puteiro um jovem cheio de idéias, criativo e empreendedor, que decidiu modernizar o estabelecimento.
Fez mudanças e chamou os funcionários para as novas instruções.
Ao porteiro disse:
- A partir de hoje, o senhor, além de ficar na portaria, vai preparar um relatório semanal onde registrará a quantidade de pessoas que entram e seus comentários e reclamações sobre os serviços.
- Eu adoraria fazer isso, senhor, balbuciou - Mas eu não sei ler nem escrever.
- Ah! Quanto eu sinto! Mas se é assim, já não poderá seguir trabalhando aqui.
- Mas senhor, não pode me despedir, eu trabalhei nisto a minha vida  inteira, não sei fazer outra coisa.
- Olhe, eu compreendo, mas não posso fazer nada pelo senhor. Vamos dar-lhe uma boa indenização e espero que encontre algo que fazer. Eu sinto muito e que tenha sorte.
Dito isso, deu meia volta e foi embora. O porteiro sentiu como se o mundo desmoronasse. Que fazer?
Lembrou que no prostíbulo, quando quebrava alguma cadeira ou mesa, ele a arrumava, com cuidado e carinho.
Pensou que esta poderia ser uma boa ocupação até conseguir um emprego.
Mas só contava com alguns pregos enferrujados e um alicate mal conservado.
Usaria o dinheiro da indenização para comprar uma caixa de ferramentas completa.
Como o povoado não tinha casa de ferragens, deveria viajar dois dias em uma mula para ir ao povoado mais próximo para realizar a compra. E assim fez.
No seu regresso, um vizinho bateu à sua porta:
- Venho perguntar se você tem um martelo para me emprestar.
- Sim, acabo de comprá-lo, mas eu preciso dele para trabalhar, já que... 
- Bom, mas eu o devolverei amanhã bem cedo.
- Se é assim, está bem.
Na manhã seguinte, como havia prometido, o vizinho bateu à porta e disse:
- Olha, eu ainda preciso do martelo. Porque você não o vende para mim?
- Não, eu preciso dele para trabalhar e além do mais, a casa de ferragens  mais próxima está a dois dias de viagem, de mula.
- Façamos um trato - disse o vizinho.
Eu pagarei os dias de ida e volta, mais o preço do martelo, já que você está sem trabalho no momento. Que lhe parece?
Realmente, isto lhe daria trabalho por mais dois dias. Aceitou.
Voltou a montar na sua mula e viajou.
No seu regresso, outro vizinho o  esperava na porta de sua casa.
- Olá, vizinho. Você vendeu um martelo a nosso amigo.
Eu necessito de algumas ferramentas, estou disposto a pagar-lhe seus dias de viagem,  mais um pequeno lucro para que você as compre para mim, pois não disponho de tempo para viajar para fazer compras.
Que lhe parece?
O ex-porteiro abriu sua caixa de ferramentas e seu vizinho escolheu um alicate, uma chave de fenda, um martelo e uma talhadeira. Pagou e foi embora. E nosso amigo guardou as palavras que escutara: 'não disponho de tempo para viajar para fazer compras'.
Se isto fosse certo, muita gente poderia necessitar que ele viajasse para trazer as ferramentas.
Na viagem seguinte, arriscou um pouco mais de dinheiro, trazendo mais ferramentas do que as que já havia  vendido.
De fato, poderia economizar algum tempo em viagens.
A notícia começou a  se espalhar pelo povoado e muitos, querendo economizar a viagem, faziam  encomendas.
Agora, como vendedor de ferramentas, uma vez por semana viajava e trazia o que precisavam seus clientes.
Com o tempo, alugou um galpão para estocar as ferramentas e alguns meses depois,  comprou uma vitrine e um balcão e transformou o galpão na primeira  loja de ferragens do povoado. Todos estavam contentes e compravam dele.
Já não viajava, os fabricantes lhe enviavam os pedidos. Ele era um bom cliente. Com o tempo, as pessoas dos povoados vizinhos preferiam comprar na sua loja de ferragens, a ter de gastar dias em viagens.
Um dia ele lembrou de um amigo seu que era torneiro e ferreiro e pensou que este poderia fabricar as cabeças dos martelos.
E logo, por que não, as chaves de fendas, os alicates, as talhadeiras, etc ...
E após foram os pregos e os parafusos...
Em poucos anos, ele se transformou, com seu trabalho, em um rico e próspero fabricante de ferramentas.
Um dia decidiu doar uma escola ao povoado.
Nela, além de ler e escrever,  as crianças aprenderiam algum ofício.
No dia da inauguração da escola, o prefeito lhe entregou as chaves da cidade, o abraçou e disse:
- É com grande orgulho e gratidão que lhe pedimos que nos conceda a honra de colocar a sua assinatura na primeira página do livro de atas desta nova escola.
- A honra seria minha, disse o homem. Seria a coisa que mais me daria prazer, assinar o livro, mas eu não sei ler nem escrever, sou  analfabeto.
- O Senhor? disse incrédulo o prefeito. O senhor construiu um  império industrial sem saber ler nem escrever? Estou abismado.  Eu pergunto:
- O que teria sido do senhor se soubesse ler e escrever?
- Isso eu posso responder, disse o homem com toda a calma: - Se eu soubesse ler e escrever... ainda seria
O  PORTEIRO  DO  PUTEIRO !
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Geralmente as mudanças são vistas como adversidades, mas, adversidades podem ser Bênçãos.
 
As crises estão cheias de oportunidades.
Se alguém lhe bloquear a porta, não gaste energia com o confronto. Lembre-se: DEUS irá abrir uma melhor.
Lembre-se da sabedoria da água:
'A água nunca discute com seus obstáculos, mas os contorna'.
 
 Essa história é verídica, e refere-se a um grande industrial chamado... 
 
Valentin Tramontina,
fundador das Indústrias Tramontina, que hoje tem 10 fábricas, 5.500 empregados, produz 24 milhões de unidades variadas por mês e exporta com marca própria para mais de 120 países – é a única empresa genuinamente brasileira nessa condição. A cidadezinha citada é Carlos Barbosa, e fica no interior do Rio Grande do Sul.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Mundo Corporativo


Todos os dias, uma formiga chegava cedinho ao escritório e pegava duro no trabalho.
A formiga era produtiva e feliz.
O gerente marimbondo estranhou a formiga trabalhar sem supervisão.
Se ela era produtiva sem supervisão, seria ainda mais se fosse supervisionada. E colocou uma barata, que preparava belíssimos relatórios e tinha muita experiência, como supervisora.
A primeira preocupação da barata foi a de padronizar o horário de entrada e saída da formiga. Logo, a barata precisou de uma secretária para ajudar a preparar os relatórios e contratou também uma aranha para organizar os arquivos e controlar as ligações telefônicas.
O marimbondo ficou encantado com os relatórios da barata e pediu também gráficos com indicadores e análise das tendências que eram mostradas em reuniões.
A barata, então, contratou uma mosca, e comprou um computador com impressora colorida.
Logo, a formiga produtiva e feliz, começou a se lamentar de toda aquela movimentação de papéis e reuniões!
O marimbondo concluiu que era o momento de criar a função de gestor para a área onde a formiga produtiva e feliz, trabalhava. O cargo foi dado a uma cigarra, que mandou colocar carpete no seu escritório e comprar uma cadeira especial.
A nova gestora cigarra logo precisou de um computador e de uma assistente (sua assistente na empresa anterior) para ajudá-la a preparar um plano estratégico de melhorias e um controle do orçamento para a área onde trabalhava a formiga, que já não cantarolava mais e cada dia se tornava mais chateada.
A cigarra, então, convenceu o gerente marimbondo, que era preciso fazer um estudo de clima.
Mas, o marimbondo, ao rever as cifras, se deu conta de que a unidade na qual a formiga trabalhava já não rendia como antes e contratou a coruja, uma prestigiada consultora, muito famosa, para que fizesse um diagnóstico da situação.
A coruja permaneceu três meses nos escritórios e emitiu um volumoso relatório, com vários volumes que concluía :
Há muita gente nesta empresa!!

E adivinha quem o marimbondo mandou demitir?

A formiga, claro, porque ela andava muito desmotivada e aborrecida.


segunda-feira, 8 de outubro de 2012

20 coisas que falamos errado sem perceber


01) Planos ou projetos para o futuro. - Você conhece alguém que faz planos para o passado? Só se for o Michael Fox no filme "De volta para o Futuro".
 
 
02) Criar novos empregos. - Alguém consegue criar algo velho?
 
 
03) Habitat natural. - Todo habitat é natural; consulte um dicionário.
 
 
04) Prefeitura Municipal. - No Brasil só existem prefeituras nos municípios.
 
 
05) Conviver junto. - É possível conviver separadamente?
 
 
06) Sua autobiografia. - Se é autobiografia, já é sua.
 
 
07) Sorriso nos lábios. - Já viu sorriso no umbigo?
 
 
08) Goteira no teto. - No chão é impossível!
 
 
09) Estrelas do céu. - Paramos à noite para contemplar o lindo brilho das estrelas do mar?
 
 
10) General do Exército. - Só existem generais no Exército.
 
 
11) Manter o mesmo time. - Pode-se manter outro time? Nem o Felipão consegue!
 
 
12) Labaredas de fogo. - De que mais as labaredas poderiam ser? De água?
 
 
13) Pequenos detalhes. - Se é detalhe, então já é pequeno. Existem grandes detalhes?
 
 
14) Erário público. - O dicionário ensina que erário é o tesouro público, por isso, erário só basta!
 
 
15) Despesas com gastos. - Despesas e gastos são sinônimos!
 
 
16) Encarar de frente. - Você conhece alguém que encara de costas ou de lado?
 
 
17) Monopólio exclusivo. - Ora, se é monopólio, já é total ou exclusivo...
 
 
18) Ganhar grátis. - Alguém ganha pagando?
 
 
19) Países do mundo. - E de onde mais podem ser os países?
 
 
20) Viúva do falecido. - Até prova em contrário, não pode haver viúva se não houver um falecido.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

A coruja e o fogo

De: Fábulas do Argemiro
 
Uma vez, uma coruja, em seus voos de reconhecimento pela mata, percebeu um pequeno braseiro deixado para trás por um grupo de humanos. As brasas crepitavam sob a fina camada de terra com que os homens as cobriram. Sabe como é o fogo: teimoso, insiste em permanecer ardendo, escondido nas cinzas. Preocupada, a ave procurou os outros animais, com a intenção de avisar a todos e tomarem uma providência.
O macaco, um dos mais hábeis da floresta, logo se animou, com os olhos a brilhar:
- "Fogo? Hummm... se os humanos deixaram aceso, com certeza poderemos tirar algum proveito. Quem sabe não seria um presente que nos deixaram? Eu poderia assar uns pinhões, batatas..."
A coruja, prudente, alertou:
- "Fogo é perigoso. Para lidar com ele, é preciso muita habilidade e sabedoria. Não atende a todos. Os homens fazem dele um bom uso e, mesmo assim, volta e meia encaram incêndios que não podem controlar!"
O macaco deu de ombros:
- "Deixa de ser agourenta, ave egoísta! Você, que vive enfurnada nos telhados dos homens, deve se fartar com as guloseimas que preparam no fogão! Ou, então, pensa assim porque não tem mãos como as minhas para manipular as brasas e as batatas - aliás, nunca ouvi falar de uma coruja que soubesse aproveitar o bom paladar que frutas e folhas têm! Vive de comer camundongos!"
E, dirigindo-se aos outros animais que escutavam a conversa:
- "Vamos, amigos bichos! Teremos uma grande melhora na nossa dieta! Nossos filhos ficarão protegidos e aquecidos! Jaguatirica! Você poderá aproveitar melhor suas caças! Bicharada, os predadores precisarão matar menos, pois aproveitarão melhor as carcaças de suas presas! Gralhas! Pinhão assado é uma delícia, já os comi nas sobras de uma fogueira apagada! Tamanduá, tatu! Vocês poderão ter suas formiguinhas fritinhas! Nossos filhos creascerão mais fortes e sadios, tendo comida mais palatável!" - e fez assim sua pregação, defendendo com veemência sue ponto de vista.
A coruja, com sua sabedoria ancestral, posto que seu conhecimento passa das mães para os filhos, balançou a cabeça. Desceu até o riacho e encheu seu bico de água. Voou até o braseiro e despejou as gotas que carregava. Mas seu bico, pequeno, pouco podia fazer. Um colibri, vendo-a, imitou-a. Outros pássaros fizeram o mesmo, mas não conseguiam apagar as brasas que, vez por outra, lançavam pequenas faíscas para o alto.
O macaco pôs-se a vociferar, seguido pelo cachorro-vinagre, pelo tamanduá, pelo quati... Cercando as brasas, rosnavam para as aves que tentavam conter o fogo que ameaçava renascer das cinzas. Com um pedaço de pau, o macaco se pôs a avivar as chamas. A gralha trouxe pinhões. A jaguatirica pôs para assar uma rolinha que matara ao se aproximar para cuspir água no braseiro. O fogo se fez alto e os seus adeptos comemoravam o resultado.
Mas as chamas alcançaram uns ramos secos que pendiam sobre a pequena clareira que cercava a fogueira. E alastraram-se. Os bichos que alardearam as vantagens de dominar o fogo se apavoraram. A jaguatirica urrava, preocupada com seus filhos, ocultos em um oco de árvore. A tribo do macaco pulava de galho em galho, buscando uma saída.
A coruja, o colibri e as outras aves que tentaram evitar o mal que previam, voaram para longe, para esperar que, findas as chamas, o verde da mata tornasse a brotar. E filosofaram: nem todo agouro é mau agouro.

Eu Queria Ser


VIDA, para fazer nascer os que estão morrendo...
SOL, para fazer brilhar os que não possuem lua...
LUZ, para iluminar os que vivem na escuridão...
CHUVA, para correr sobre a terra, e molhar os campos secos e devastados...
LÁGRIMA, para fazer chorar os corações insensíveis...
VOZ, para fazer falar os que sempre se ocultaram...
CANTO, para alegrar os que vivem na tristeza...
LUAR, para brilhar na noite dos amores incompreendidos...
FLOR, para enfeitar os jardins, no outono...
SILÊNCIO, para fazer calar as vozes que atordoam o coração do homem...
SINOS, para repicar nos Natais dos que possuem recordação amarga...
DOR, para amargar no peito dos infiéis...

GRITO, para gritar a dor dos que sofrem no silêncio...

OLHOS, para fazer enxergar os cegos de Verdade...
FORÇA, para fugir dos que a utilizam para o mal...
SORRISO, para encantar os lábios dos amargurados...
SONHO, para colorir o sono dos realistas petrificados...
VEÍCULO, para trazer de volta os que partiram deixando saudades...
AMANHECER, para fazer um dia a mais de felicidade sobre a Terra...
NOITE, para acalentar os que lutam durante o dia...



quarta-feira, 3 de outubro de 2012

.: Campanha Instituto Superação - VAMOS AJUDAR

.: Campanha Instituto Superação:   Estamos iniciando uma Nova Campanha para divulgação do Autismo.  A Cada Doação que Você realizar para o Instituto Superação.  S...