quarta-feira, 24 de abril de 2013

Eco

Um filho e seu pai caminhavam pelas montanhas. De repente seu filho cai, se machuca e grita:
- Aaaii!
Fica surpreso ao escutar a voz se repetir, em algum lugar da montanha:
- Aaaii!
Curioso, pergunta:
- Quem é você?
Recebe como resposta:
- Quem é você?
Contrariado, grita:
- Seu covarde!
Escuta como resposta:
- Seu covarde!
Olha para o pai e pergunta aflito:
- O que é isso?
O pai sorri e fala:
- Meu filho, preste atenção.
Então o pai grita em direção a montanha:
- Eu admiro você!
O eco responde:
- Eu admiro você!
De novo, o homem grita:
- Você é um campeão!
A voz responde:
- Você é um campeão!

O menino fica espantado. O pai lhe explica:

- As pessoas chamam isso de ECO, mas na verdade isso é a vida.Ela lhe dá de volta tudo o que você diz ou faz.
Nossa vida é simplesmente o reflexo de nossas ações.
Se você quer mais amor no mundo, crie mais amor no seu coração.
Se você quer mais sinceridade, mais paz e mais alegria em sua vida, cultive esses sentimentos dentro de você, e os transmita para as pessoas, que você receberá de volta todo esse carinho, toda essa paz que você transmitiu.

O mundo é somente a prova da nossa capacidade. Tanto no plano pessoal quanto no profissional, a vida vai lhe dar de volta o que você deu a ela.

Previsões

Recentemente lemos uma pequena nota em jornal de grande circulação, trazendo a notícia de que um rapaz, forte e saudável, após vender todos os seus bens, esperava a morte, sentado diante da televisão. O fato chamou-nos a atenção porque a nota esclarecia que o jovem assim procedia porque uma vidente, procurada por familiares seus, previra a sua morte próxima.
Casos como esse são mais comuns do que possamos imaginar.
Pessoas crédulas, sem uma fé racional, facilmente se deixam cair nas malhas de médiuns charlatões ou de espíritos zombeteiros.
Conforme o dito popular, quem procura, acha.
E muitas vezes acha o que não gostaria de achar.
Se as pessoas confiassem mais em Deus, que cuida do Universo por Ele criado com tanta eficiência, saberiam que ninguém está desamparado e não sairiam afoitos em busca de cartomantes, quiromantes ou outros ledores de sorte ou azar.
A questão de se pretender que os espíritos resolvam os problemas que nos dizem respeito é muito antiga.
Desde os tempos de Moisés já existia esse abuso, a tal ponto que ele teve que proibir que se consultassem os espíritos por motivos tolos.
Sabemos que a comunicação é uma realidade, porque senão Moisés não a teria proibido. Sabemos também que só proibiu o abuso, pois ele próprio elegeu alguns médiuns sérios, chamados anciãos, para profetizarem.
Assim, se o Criador nos colocou sobre a face da Terra, há de ter um programa estabelecido para que conquistemos a nossa felicidade plena.
E se não podemos penetrar o futuro é porque não nos convêm. Ademais, o futuro é construído a cada minuto presente, e por isso mesmo ainda o estamos construindo.
Antes de ficarmos consultando médiuns ou videntes sobre o que irá acontecer conosco, ocupemo-nos construindo o futuro, é de nós que ele depende.
E quando a morte chegar, pois isso é inevitável, que ela nos encontre com as mãos no trabalho, confiantes na continuidade da vida no além-túmulo.
E se a vontade de prever o futuro for muito grande, paremos um pouco e nós mesmos faremos as previsões a partir do presente.
Se Jesus afirmou que a cada um será dado segundo suas obras, pelas obras do presente saberemos prever com precisão o que nos aguarda no futuro, próximo ou remoto.
Se a semeadura é livre e a colheita obrigatória, pelas sementes que estamos lançando hoje, podemos prever, sem medo de errar, os frutos que nos aguardam amanhã.
Você sabia que espíritos zombeteiros ou malfeitores aproveitam-se dos médiuns para apavorar as pessoas que os buscam para obter informações do futuro?
Dizendo, por exemplo, que a sua morte está próxima, criam um expectativa doentia que faz com que a pessoa caia em depressão profunda ou se deixe morrer antes do tempo.
Sabendo disso, façamos o melhor que pudermos e entreguemos o futuro a Deus, Pai amoroso e justo, que sabe o que é melhor para cada um de nós.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

O Leão e o Rato


Era uma tarde tranqüila na floresta. O Leão, senhor todo poderoso dos animais, estava descansando à sombra de uma árvore.
Passado algum tempo, foi acordado por um Rato que passou correndo sobre seu rosto. O Leão acordou assustado e furioso e com um salto ágil capturou o rato. O pequeno animal ficou preso, pelo rabo, entre as suas afiadas garras.
Devido ao susto e seu estado de humor o Leão estava pronto para matá-lo, quando o Rato suplicou:


- Se o senhor poupasse minha vida, tenho certeza que poderia um dia retribuir sua bondade.


O Leão deu uma gargalhada de desprezo e respondeu:
-O que você está pedindo? Então você pensa que algum dia eu, o Leão, Rei dos Animais, irei precisar de um mísero e insignificante rato? Jamais! Mas como estou bem alimentado vou fazer uma caridade e deixarei você ir, e nunca mais repita o que fez.


Assim o Leão soltou o rato.


Alguns dias depois o Leão passeava na floresta, quando por descuido caiu em uma armadilha preparada por caçadores e acabou pendurado em uma árvore, envolto por uma rede. Por mais que urrasse e se debatesse não conseguia se livrar das cordas.

Nisso, ali perto passava o Rato e reconhecendo o rugido do Leão, se aproximou, subiu na árvore, roeu a corda da armadilha, e libertou-o dizendo:

- O senhor achou ridícula a idéia de que algum dia eu pudesse ajudá-lo, nunca esperava receber de mim qualquer compensação pelo seu favor. Mas agora sabe que é possível, mesmo a um pequeno Rato conceder um favor a um poderoso Leão.

Cuidado! Na vida você nunca sabe quando vai ser Rato ou Leão!

Amor de Mãe

Foi em dezembro de 1944 que tudo começou. Caminhões chegaram no campo de concentração de Bergen-Belsen e despejaram 54 crianças. A mais velha tinha 14 anos e havia muitos bebês.
No alojamento das mulheres, Luba Gercak dormia. Acordou sua vizinha de beliche e lhe perguntou: "está escutando?" É choro de criança."
A outra lhe disse que voltasse a dormir. Ela devia estar sonhando. Todos conheciam a história de Luba. Ainda adolescente se casara com um marceneiro e tiveram um filho, Isaac.
Quando veio a guerra, os nazistas lhe arrancaram dos braços o filho de três anos e o jogaram em um caminhão, junto com outras crianças e velhos. Todos inúteis para o trabalho e, portanto, com destino certo: a câmara de gás.
Logo mais, ela pôde ver um outro caminhão arrastando o corpo, sem vida, do marido.
No primeiro momento, desistira de viver. Depois a fé lhe visitou a alma e ela percebeu que Deus esperava muito mais dela. Então, passou a ser voluntária nas enfermarias.
Agora, Luba ouvia choro de crianças. Quem seriam?
Abriu a porta do alojamento e viu meninos, meninas, bebês apinhados, em choro, no meio do campo. Separados de seus pais, se encontravam desnorteados e tinham fome e frio.
Luba as trouxe para dentro. E porque protestassem as demais ocupantes do infecto alojamento, ela as repreendeu, dizendo: "vocês não são mães? Se fossem seus filhos, diriam para que eu os deixasse morrer de frio? Eles são filhos de alguém."
Em verdade, o que suas companheiras temiam era a fúria dos soldados da SS.
Luba agradeceu a Deus por ter lhe enviado aquelas crianças. O seu filho morrera, mas faria tudo para que aquelas crianças vivessem.
Foi até o oficial da SS no acampamento e lhe contou o que fizera. Pôs sua mão no braço dele e suplicou. Ele se deu conta que ela o tocara, o que era proibido, e lhe aplicou um soco em pleno rosto, fazendo-a cair.
Ela se levantou, o lábio sangrando e falou: "sou mãe. Perdi meu filho em Auschwitz. Você tem idade para ser avô. Por que há de querer maltratar crianças e bebês?"
"Fique com elas", foi a resposta seca do oficial.
Mas ficar com elas não era suficiente. Era necessário alimentá-las. Nos dias que se seguiram, todas as manhãs, ela ía ao depósito, à cozinha, à padaria, implorando, barganhando e roubando alimentos.
Os meninos ficavam à janela e quando a viam chegar diziam uns aos outros: "lá vem irmã Luba. Ela traz comida pra nós!"
À noite, ela cantava canções de ninar e as abraçava. Era a mãe que lhes faltava. As crianças, que falavam holandês, não entendiam as palavras de Luba, que era polonesa, mas compreendiam seu amor.
Em 15 de abril de 1945, os tanques britânicos entraram no campo, vitoriosos e em seis idiomas passaram a rugir os alto-falantes: "estão livres! Livres!"
Luba conseguira salvar 52 das 54 crianças que adotara como filhos do coração.
...............
Em abril de 1995, 50 anos após a libertação, cerca de 30 homens e mulheres se reuniram na prefeitura de Amsterdã para homenagear aquela mulher.
Recebeu, em nome da rainha beatriz, a medalha de prata por serviços humanitários.
No entanto, declarou que sua maior recompensa era estar com aqueles seus filhos que, com o apoio de Deus, conseguira salvar da sombra dos campos da morte.
Por isso tudo nunca pensemos que somos muito pequenos para lutar pelas grandes causas ou que estamos sós. Quem batalha pela justiça, tem um insuperável aliado que se chama Deus, nosso Pai.

História de uma vida

Tudo começou quando um dia, em minha mãe, num local bem protegido chamado trompa, dois elementos se encontraram: um de minha mãe, o óvulo, e outro de meu pai, o espermatozóide. Como dois apaixonados se aproximaram e se abraçaram tornando-se uma pequenina gota d´água.
Esse foi o dia mais feliz de minha existência. Recomeçava para mim a oportunidade do retorno à carne, depois de passar um largo tempo no mundo espiritual.
Deram-me o nome de ovo. Eu era muito pequenino, muito menor do que um grão de areia. Iniciei, então, uma longa viagem. Empurrado para diante por algo semelhante a cílios, que desenvolviam movimentos delicados como os do mar quando beija docemente a praia, indo e vindo, cheguei enfim a um lugar chamado útero.
Era um lugar macio, quentinho e logo notei não correr perigo. Sem muito esperar, fui me aninhando, agarrando-me firmemente em uma das paredes. Já contava com três dias de vida.
Aos poucos fui me cobrindo com uma membrana daquela mesma parede. Aos nove dias de vida, minha forma era a de um disco e tinha meio milímetro de diâmetro. Fui crescendo e aos doze dias de vida já tinha o dobro do tamanho: um milímetro.
Recebi o nome de embrião. Comodamente instalado, fui formando uma almofada que se chamava placenta, para que melhor me pudesse alimentar, retirando do organismo de minha mãe tudo o que precisava.
Já estava com quase um mês. A expectativa de minha existência era muito grande. A ansiedade de minha mãe se transformou em pura alegria quando os testes deram positivo. Agora era meu pai a querer saber se eu seria menino ou menina, louro ou morena, de olhos castanhos ou azuis.
Quando ele perguntou: Como será ele? Fui logo respondendo: Tenho forma da letra c, e pareço com um cavalo-marinho. Tenho um centímetro de tamanho.
Não sei se me ouviram, mas o que sei é que redobraram cuidados e recomendações.
Aos dois meses, meu corpinho estava mais reto, minha boca mais formada, meu nariz começava a aparecer, meus olhos estavam mais desenvolvidos. Meu tamanho? Quatro centímetros. Meu peso? Cinco gramas.
Aos três meses já tinha forma de gente... E o tempo foi passando.
Emoção mesmo foi no dia em que mamãe pôde ouvir o meu coraçãozinho bater. Sentia como se fosse uma mensagem para ela. E era mesmo. Era meu agradecimento por tudo o que ela fazia e pensava por mim.
Ela esperava, papai aguardava e eu também. Como seria o nosso reencontro?
Seis, sete, nove meses. O médico marcou o dia de minha chegada. O meu enxovalzinho estava pronto e meu bercinho me aguardando. Última semana de espera.
Hoje me apresentei para toda a família. Que alegria! Meu primeiro dia de vida, nos braços de minha mãe.
* * *
Os filhos que nos chegam pelas vias da reencarnação são, quase sempre, Espíritos amigos com os quais já vivemos em outras eras.
Chegam-nos, batendo à porta do coração, a solicitar entrada e quando lhes permitimos o ingresso no seio da família, se enchem de felicidade.
Podem ser comparados a aves pequenas que retornam ao ninho, após exaustivas andanças por outras terras, à procura de carinho, ternura e abrigo.
Fiquemos atentos e jamais fechemos as portas do nosso amor a esses pássaros implumes que nos buscam desejando oportunidade para retornar à vida física.

Os anjos

O menino voltou-se para a mãe e perguntou:
Os anjos existem mesmo? Eu nunca vi nenhum.
Como ela lhe afirmasse a existência deles, o pequeno disse que iria andar pelas estradas, até encontrar um anjo.
É uma boa idéia, falou a mãe. Irei com você.
Mas você anda muito devagar, argumentou o garoto. Você tem um pé aleijado.
A mãe insistiu que o acompanharia. Afinal, ela podia andar muito mais depressa do que ele pensava.
Lá se foram. O menino saltitando e correndo e a mãe mancando, seguindo atrás.
De repente, uma carruagem apareceu na estrada. Majestosa, puxada por lindos cavalos brancos. Dentro dela, uma dama linda, envolta em veludos e sedas, com plumas brancas nos cabelos escuros. As jóias eram tão brilhantes que pareciam pequenos sóis.
Ele correu ao lado da carruagem e perguntou à senhora:
Você é um anjo?
Ela nem respondeu. Resmungou alguma coisa ao cocheiro, que chicoteou os cavalos e a carruagem sumiu na poeira da estrada.
Os olhos e a boca do menino ficaram cheios de poeira. Ele esfregou os olhos e tossiu bastante. Então, chegou sua mãe que limpou toda a poeira, com seu avental de algodão azul.
Ela não era um anjo, não é, mamãe?
Com certeza, não. Mas um dia poderá se tornar um, respondeu a mãe.
Mais adiante, uma jovem belíssima, em um vestido branco, encontrou o menino. Seus olhos eram estrelas azuis e ele lhe perguntou:
Você é um anjo?
Ela ergueu o pequeno em seus braços e falou feliz:
Uma pessoa me disse ontem à noite que eu era um anjo.
Enquanto acariciava o menino e o beijava, ela viu seu namorado chegando. Mais do que depressa, colocou o garoto no chão. Tudo foi tão rápido que ele não conseguiu se firmar bem nos pés e caiu.
Olhe como você sujou meu vestido branco, seu monstrinho! Disse ela, enquanto corria ao encontro do seu amado.
O menino ficou no chão, chorando, até que chegou sua mãe e lhe enxugou as lágrimas com seu avental de algodão azul.
Aquela moça, certamente, não era um anjo.
O garoto abraçou o pescoço da mãe e disse estar cansado.
Você me carrega?
É claro, disse a mãe. Foi para isso que eu vim.
Com o precioso fardo nos braços, a mãe foi mancando pelo caminho, cantando a música que ele mais gostava.
Então o menino a abraçou com força e lhe perguntou:
Mãe, você não é um anjo?
A mãe sorriu e falou mansinho:
Imagine, nenhum anjo usaria um avental de algodão azul como o meu.
* * *
Anjos são todos os que na Terra se tornam guardiães dos seus amores.
São mães, pais, filhos, irmãos que renunciam a si próprios, a suas vidas em benefício dos que amam.
As mães, sobretudo, prosseguem a se doar e velar por seus filhos, mesmo além da fronteira da morte, transformando-se em Espíritos protetores daqueles que na Terra ficaram, como pedaços de seu próprio coração.

Onde estão os nossos amores?

Quando as sombras da morte arrebatam nossos amores, um punhal se crava em nosso coração.
A dor moral é tamanha, a sensação de perda é tão grande que o corpo inteiro se retesa e sente dores.
À medida que os dias se sucedem e as horas avançam, tristonhas, acumulando dias, a ausência da presença amada mais se faz dolorida.
Então, revolvemos nossas lembranças e no Banco de Dados da nossa memória, vamos recordar dos momentos felizes que juntos desfrutamos.
Recordamos das viagens, das pequenas coisas do dia a dia, dos aniversários, das tolices.
E até das rusgas, dos pequenos embates verbais que, por convivermos tão próximos, aconteceram, ao longo dos anos.
Se o ser amado é um filho, ficamos a rememorar os primeiros passos, as palavras iniciais, os balbucios. E a noite da saudade vai se povoando de cenas que tornamos a viver e a sentir.
Recordamos o dia da formatura, as festas com os amigos, as ansiedades antes das entrevistas do primeiro emprego. Tantas coisas a rememorar...
Acionamos as nossas recordações e, como um filme, as cenas vão ali se sucedendo, uma a uma, enquanto a vertente das lágrimas extravasa dos nossos olhos.
Se se trata do cônjuge, vêm-nos à lembrança os dias do namoro, os tantos beijos roubados aqui e ali, as mãos entrelaçadas, os mil gestos da intimidade...
Na tela mental, refazemos passos, atitudes, momentos de alegria e de tristeza, juntos vividos e vencidos.
Pais, irmãos, amigos, colegas. A cada partida, na estatística de nossa saudade, acrescentamos mais um item.
E tudo nos parece difícil, pesado. A vida se torna mais complexa sem aqueles que amamos e que se constituíam na alegria de nossos dias.
Vestimo-nos de tristeza e desaceleramos o passo da própria existência.
Como encontrar motivação para a continuidade das lutas, se o amor partiu?
Como prosseguir caminhando pelas vias da solidão e da saudade?
* * *
Nossos amores vivem e nos veem, nos visitam. Não estão mortos, apenas retiraram a vestimenta a que nos habituáramos a vê-los.
Substituíram as vestes pesadas por outras diáfanas, vaporosas. Mas continuam conosco.
Por isso, não contribuamos para a sua tristeza, ficando tristes.
Eles, que nos amaram, continuam a nos amar com a mesma intensidade e nos desejam felizes.
Por isso nos visitam nas asas do sonho, enquanto o sono nos recupera as forças físicas.
Por isso nos abraçam nos dias festivos. Transmitem-nos a sua ternura, com seus beijos de amor.
Sim, eles nos visitam. Eles nos acompanham a trajetória e certamente sofrem com nossa inconformação, nosso desespero.
Eles estão libertos da carne porque já cumpriram a parte que lhes estava destinada na Terra: crianças, jovens, adultos ou idosos.
Cada qual tem seu tempo, determinado pelas sábias Leis Divinas.
* * *
Quando as dores da ausência se fizerem mais intensas, ora e pede a Deus por ti e por teus amores que partiram.
E Deus, que é o amor por excelência, te permitirá o reencontro pelos fios do pensamento, pelas filigranas da prece, na intimidade da tua mente e do teu coração.
Utiliza essa possibilidade e vive os anos que ainda te faltam, com nobreza, sobre a Terra.

O livro da vida

Benjamin Franklin, inteligência privilegiada do século 18, mais conhecido entre nós pela sugestão do uso de pára-raios em grandes edifícios, escreveu certa vez:
"Quando vejo que nada é aniquilado nos trabalhos de Deus, e nem uma gota d’água é desperdiçada, não posso acreditar que exista o aniquilamento das almas.
Também não posso acreditar que Deus queira suportar o esbanjamento de milhões de mentes já feitas, que agora existem, e dar-se ao contínuo trabalho de fazer outras, novas.
Assim, vendo que existo no mundo, acredito que, sob uma forma ou outra, sempre existirei.
E, com todos os inconvenientes que a vida humana tende a oferecer, não farei objeções a uma nova edição da minha.
Espero, contudo, que a errata da última seja corrigida."
Possivelmente em um momento de bom humor, mas firme nesse seu ponto de vista, Franklin escreveu seu próprio epitáfio:
"O corpo de Benjamin Franklin, impressor, como a capa de um livro velho, seu conteúdo despedaçado e despido de seu título e de seus dourados aqui jaz.
Alimento para os vermes. Mas o trabalho não será perdido.
Pois, como ele acredita, aparecerá mais uma vez, em nova e mais elegante edição, revista e corrigida pelo autor."
Vemos que o grande cientista acreditava, não somente na imortalidade da alma, mas também na reencarnação.
E, como ele, podemos dizer que a nossa vida é um livro que estamos escrevendo e estudando todos os dias.
Os nossos atos vão compondo novas páginas, os nossos pensamentos vão nele sendo impressos. Cada capítulo que concluímos, pela maturidade que vamos alcançando, é mais rico.
Nenhum capítulo é somente dor. Como nenhum é de total êxtase. Lágrimas e dores se confundem, tornando a obra um best-seller.
Cada vida é um livro inédito, sem igual.
É bom lembrar, no entanto, que, quando um autor lança um livro pede a alguém competente no assunto que faça a apreciação do seu trabalho.
Essa apreciação passa a constar como prefácio da obra.
De outras vezes, é o autor mesmo que apresenta a sua obra. No prefácio ele oferece ao leitor dados sobre o conteúdo, razão e finalidade dos seus escritos.
As pessoas quase sempre deixam de ler essa parte e começam a ler o assunto principal.
Justamente por essa forma errada de ler, menosprezando as explicações do autor ou do prefaciador, muito do conteúdo poderá ficar sem um bom entendimento.
O livro da nossa vida também possui um prefácio. É nele que anotamos os projetos e falamos dos nossos objetivos na presente existência.
É no prefácio que assinalamos as diretrizes que deveremos seguir.
Por essa razão, pelo menos uma vez por ano devemos reler o prefácio do livro da nossa vida.
Isto para termos refrescada a memória sobre o que desejamos fazer da nossa existência.
Porque viver não é somente respirar, saciar as necessidades básicas de alimentação, repouso e lazer.
Viver é oportunidade de crescimento, de progresso.
Ninguém nasce para ser um fracassado, derrotado. Cada qual nasce para um grande objetivo: se tornar melhor, subir um degrau na evolução.
Relendo o prefácio do livro da nossa vida, recordando porque nos encontramos aqui, poderemos realizar as correções devidas para aproveitar esta oportunidade, de forma ampla.
Poderemos lembrar de retornar àquele curso que começamos e desistimos. Ou talvez que devamos retornar ao seio da família que um dia largamos, em algum lugar.
Possivelmente nessa lida do prefácio, recordaremos da intensa necessidade de Deus, da religião.
Talvez, em algum momento, reguemos com lágrimas as páginas do prefácio, enquanto a memória reavivada nos remete ao doce aconchego da prece.
Pensemos nisso! Será hoje o momento de proceder à leitura do prefácio do livro da nossa vida?

A Pontuação

Um homem rico, sentindo que estava morrendo, pediu papel e caneta e escreveu assim:
Deixo os meus bens à minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga conta do alfaiate nada aos pobres
Não teve tempo de pontuar e morreu.
A quem ele deixava a fortuna que tinha?
Eram quatro os concorrentes.

Chegou o sobrinho e fez estas pontuações numa cópia do bilhete:
Deixo os meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres.
A irmã do morto chegou em seguida, com outra cópia do escrito, e pontuou-o deste modo:
Deixo os meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres.
Surgiu o alfaiate que, pedindo cópia do original, fez estas
Pontuações:

Deixo os meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres.
O juiz estudava o caso.
Nesse momento chegaram os pobres da cidade, e um deles, mais sabido, tomando outra cópia, pontuou-a assim:

Deixo os meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do alfaiate? Nada! Aos pobres!
Assim é a vida, nós é que colocamos os pontos e isto faz a diferença...

Pessimismo

Quando duas ou mais pessoas se reunirem em meu nome... Eu aí estarei! - Jesus.
Jesus, o Grande Pastor de todos nós, ovelhas carentes de amparo e proteção, afirmou que se nos reuníssemos em Seu nome, estaria conosco.
Não se referiu a nenhuma religião específica, posição social ou raça. Simplesmente disse que se as pessoas se reunissem em Seu nome, Ele ali estaria.
Assegurou que tudo o que pedíssemos ao Pai, em Seu nome, Ele nos concederia. Basta que peçamos com desejo sincero no coração e com as mãos operosas na ação do bem.
É momento, pois, de unir-nos em pensamentos otimistas e fraternos, com vontade firme de mudar a paisagem da Pátria do Evangelho, chamada Brasil.
Rogar a Deus que ilumine as mentes e os corações dos governantes, para que possam tomar decisões acertadas em prol da sociedade.
Rogar a Deus pelos religiosos, para que estejam atentos à responsabilidade perante as leis que regem a vida, para que não desperdicem a oportunidade de conduzir seus fiéis a Deus.
Rogar pelos homens que fazem as leis, para que Deus lhes mostre a justiça.
Rogar pelos enfermos do corpo e da alma, para que tenham forças e superem as dificuldades com coragem.
Pedir a Deus pelos criminosos, que eles possam cair em si e retornar ao Pai que aguarda, amoroso, a volta dos filhos pródigos.
Lembrar também de pedir pelos demais países da Terra. Pelos povos que se digladiam em nome de Deus; pelos que disputam o poder; pelos que alimentam as guerras, dizimando populações inteiras, pois todos esses se distanciaram do Criador.
Pedir que Deus envolva em Suas bênçãos as pessoas de boa vontade, para que possam continuar trabalhando no bem, seja no campo das ciências, das artes, da religião, seja no que for.
Já é tempo de derrubarmos os muros que nos separam uns dos outros porque discordamos da maneira que esta ou aquela religião busca adorar a Deus.
É hora de percebermos o que é bom e apoiarmo-nos.
Afinal, o bem é sempre o bem, e não deixará de sê-lo porque praticado por pessoas de religião diversa da nossa.
Quem é que, tendo o mínimo de sensibilidade, não se comoveu vendo aquele homem debilitado correndo o mundo em nome da paz?
Aqueles que realmente querem construir um mundo melhor, não ficaram indiferentes diante de João Paulo II que, visivelmente enfermo, viajava pela Terra inteira.
Esse homem que, com serenidade no olhar cansado, e esforços para vencer as próprias limitações, buscou sensibilizar seu rebanho para a valorização da vida; o fortalecimento dos laços de família; o respeito às leis de Deus.
Vale a pena meditarmos sobre essas importantes questões da vida, lembrando Jesus ao afirmar que, um dia, haverá um só rebanho, sob a égide de um só Pastor.
E, como Ele próprio afirmou, nenhuma das Suas ovelhas se perderá.
E Suas ovelhas somos todos nós, habitantes dos dois planos da vida, desta morada do Pai, a que chamamos Terra.