segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

As Três Velhas

Uma viúva tinha uma filha bonita e religiosa.
Queria casá-la com homem bom e bem de vida.
Perto, havia um comércio. O dono, solteiro.
A mãe estudava como fazê-lo conhecer a filha.
A moça ia todos os dias à Missa das Almas, onde encontrava e conversava com três velhas devotas.
Um dia, a viúva ouve o comerciante dizer que só casaria com moça trabalhadeira. Devia fiar mais que qualquer uma.
A mãe comprou linho e entregou à filha, que devia fiar até a manhã seguinte.
A moça sentou no batente da cozinha e chorou. Não sabia fiar. Ouviu uma voz. Era uma das três velhas, que prometeu ajudá-la.
Com uma condição: convidá-la para o casamento e chamá-la de tia.
De manhã, a mãe encontrou a tarefa pronta. Foi até o comerciante.
O homem ficou espantado com tamanha rapidez. A mãe deu novo linho à filha. Que ficou agoniada. A segunda velha apareceu. Ajudou-a sob a mesma condição.
E assim foi pela terceira vez.
O homem quis conhecer a moça. Marcaram casamento.
No jantar, as três velhas compareceram.
A noiva cumpriu o trato, chamado-as de tias.
O marido não tirava o olho das velhas, feias como o "pecado mortal". Perguntou por que a primeira era corcunda; a segunda, boca-torta; e a terceira tinha dedos finos e compridos.
A três responderam:
- De tanto fiar.
O marido pegou fusos, rocas, queimou tudo. Deus jamais permitisse que sua mulher ficasse feia de tanto fiar.
O casal viveu feliz.

Sempre existe uma saída.
Basta procurar!

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