terça-feira, 20 de março de 2012

(Me) Caminhão Novo


Num belo dia de sol, Sr. Mário, um caminhoneiro muito trabalhador, chega em casa todo orgulhoso e chama sua mulher e filhos para ver o lindo caminhão que comprara depois de longos e árduos 20 anos de trabalho.
Era o primeiro caminhão que conseguira comprar depois de tantos anos de sufoco e estrada.
A partir daquele dia, finalmente seria seu próprio patrão.
No entanto, ao chegar à porta de sua casa para mostrar o caminhão à família, encontra seu filhinho caçula de 6 anos, martelando alegremente a lataria do reluzente caminhão.
Irado e aos berros pergunta o que o filho estava fazendo.
Sem nem ouvir a resposta, completamente fora de si, pega o martelo da mão da criança e faz o mesmo que o menino fazia, só que desta vez usa o martelo impiedosamente nas mãos do garoto, que se põe a chorar desesperadamente sem entender o que estava acontecendo.
A mulher do caminhoneiro, corre em socorro do filho, mas pouco pôde fazer.
Chorando junto ao filho, consegue trazer o marido à realidade, e juntos levam o garoto ao hospital para cuidar dos ferimentos provocados.
Passadas várias horas de cirurgia, o médico desconsolado e bastante abatido, chama os pais e informa que as dilacerações foram de tão grande extensão, que todos os dedos da criança tiveram que ser amputados. Porém, o menino era forte e resistira bem ao ato cirúrgico, devendo os pais aguardá-lo no quarto.
Ao acordar, o menino ainda sonolento esboçou um sorriso e disse ao pai:
- Papai, me desculpe. Eu só queria consertar seu caminhão, como você me ensinou outro dia. Não fique bravo comigo!
O pai, enternecido e profundamente arrependido, deu um forte abraço no filho e disse que aquilo não tinha mais importância. Não estava bravo e sim arrependido de ter sido tão duro com ele e que a lataria do caminhão nem tinha estragado.
Então o garoto perguntou:
- Quer dizer que não está mais bravo comigo?
- É claro que não! - respondeu o pai.
Ao que o menino pergunta:
- Se estou perdoado papai, quando meus dedinhos vão nascer de novo?
Nos momentos de raiva cega, machucamos as pessoas que mais amamos, e muitas vezes não podemos sarar a ferida que deixamos. Nesses momentos, tente parar e pensar em suas atitudes, a fim de evitar que os danos sejam irreversíveis.

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