Respeito foi definido por
alguém como a capacidade do ser de se importar com o sentimento do
outro. Talvez seja esta a mais completa das definições.
Normalmente, quando nos sentimos ofendidos, desprezados, dizemos apreciar o respeito. Mas, será que respeitamos os demais?
É fácil sabermos. Basta
que nos perguntemos se somos daqueles que marcamos horário com o médico
ou o dentista e, na última hora, por questões de pouca importância,
telefonamos desmarcando, sem nos preocuparmos com a agenda do
profissional e, muito menos, com eventuais clientes que estariam
aguardando em lista de espera por aquela hora que agora não será
aproveitada por ninguém.
Acaso somos daqueles que
apreciamos estabelecer preço para os serviços profissionais alheios?
Somos dos que pensamos que tal ou qual profissional liberal ganha demais
e pode nos fazer um grande desconto?
Mais do que isso. Alguns
de nós dizemos, de maneira desrespeitosa, que o seu trabalho não vale
mais do que a quantia que estipulamos.
Desrespeitamos o esforço
que o profissional fez para chegar onde se encontra, desconsiderando as
inúmeras noites que passou estudando, os plantões intermináveis e
exaustivos, as horas de pesquisa.
Não levamos em conta,
inclusive, os custos financeiros para completar o curso, para prosseguir
no seu aperfeiçoamento, mestrado, doutorado.
Desrespeitamos o trabalho do outro toda vez que lhe dizemos que seu ganho é fácil e rendoso, enquanto o nosso é árduo.
Há falta de respeito sempre que desconfiamos dos outros baseados somente em nossa má fé ou má vontade.
E, no trato com outros profissionais, como os domésticos, jardineiros, pedreiros, carpinteiros, quanta vez os desrespeitamos.
Sempre que estabelecemos
jornadas de trabalho muito longas, que exigimos cumprimento de tarefas
além do que se considera humanamente possível, que submetemos o outro a
situações humilhantes, o estamos desrespeitando.
O respeito deve ser a
atitude de todo cristão para com o seu semelhante, seja ele superior ou
inferior a si, na escala social e nos degraus da instrução.
Afinal, somos todos membros de uma única família, criados pelo mesmo Deus, nosso Pai.
Acreditemos que, se não
aprendermos a respeitar o nosso semelhante, desde as mínimas coisas, não
estaremos agindo dentro da Lei de justiça, amor e caridade.
* * *
Nas linhas do respeito, atentemos para a natureza que nos cerca.
E, ensinando valores aos nossos pequenos, iniciemos desde cedo a lhes falar do respeito a tudo que nos rodeia e serve.
Falemos-lhe do respeito que nos merecem os animais, as árvores, as flores, os jardins.
E, então, bem mais fácil
lhes será entender, na sequência, o respeito aos seres humanos,
familiares, idosos, professores, serviçais.
Pensemos nisso.
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