quarta-feira, 9 de novembro de 2011

(A) MANIFESTAÇÕES MENTAIS NA SÍNDROME DO PÂNICO:

Como já descrevi anteriormente sobre as manifestações físicas da Síndrome do Pânico o mecanismo ataque-fuga afeta o aspeto físico e mental. O objetivo do mecanismo de ataque-fuga é alertar a pessoa do perigo potencial que pode estar presente. Por isso, quando ele é ativado a prioridade mental é a de procurar por potenciais ameaças à sua volta. Esta reação está programada bem no fundo e é quase impossível de ignorar. É difícil concentrar-se em alguma coisa, pois a mente está treinada para procurar por todas as potenciais ameaças e não quer desistir até a ameaça ser identificada.
Um dos fatores que aumenta a intensidade das manifestações mentais e físicas dos ataques são os mitos da Síndrome do Pânico.  Estes rumores que se transformam em mitos dizem coisas erradas (que é possível morrer de um ataque de pânico, o que é totalmente falso) e isto só piora a situação de quem sofre deste problema.
Quando o pânico aparece, muitas pessoas procuram pelo caminho mais rápido e mais fácil para sair do local; saem da fila no banco e vão para fora. Algumas vezes a ansiedade pode aumentar se temos a impressão que sair nos vai causar algum tipo de embaraço social.
Se você tiver um ataque de pânico no local de trabalho mas acha que deve continuar com a tarefa que está a fazer, é normal você ter muitas dificuldades em se concentrar. É muito comum ficar com agitação e desconforto geral nessa situação.
Muitas pessoas que sofrem ataques de pânico ao longo dos anos indicaram que a luz artificial – como aquela que vem dos ecrãs dos computadores e das televisões – pode muitas vezes começar ou piorar o ataque de pânico, particularmente se a pessoa está cansada ou esgotada.
Vale a pena pensar nisso se trabalha durante períodos longos num computador. Você deve instalar lembranças frequentes no seu computador para se levantar da secretária e ir apanhar um pouco de ar fresco.
Quando se tem um ataque de pânico e não é encontrada nenhuma ameaça externa, a sua mente começa a olhar para dentro e considera possíveis doenças no corpo ou na mente das quais poderia estar a sofrer. Isto inclui pensar que comeu alguma coisa estragada ao almoço até à possibilidade de ter uma paragem cardíaca.
A pergunta importante é: Porque é que o mecanismo de ataque-fuga é ativado durante um ataque de pânico mesmo quando parece que não há nada para você se assustar? Após uma investigação mais profunda, parece que temos medo das próprias sensações – temos medo de perder o controle do nosso corpo. Estes sintomas físicos inesperados criam um medo ou pânico como se alguma coisa estivesse muito mal. Porque é que sente os sintomas físicos do mecanismo ataque-fuga quando não se tem medo?
Existem muitas formas destes sintomas se manifestarem e não só através do medo. Pode ser que a pessoa esteja muito estresse na sua vida e este estresse resulta num aumento da produção de adrenalina e de outros liberadores químicos que de vez em quando produzem estes sintomas.
Este aumento de adrenalina pode ser mantido químicamente no corpo mesmo depois do stress ter desaparecido. Outra possibilidade é a dieta, que afeta diretamente os nossos níveis de estresse. Cafeina em excesso, álcool e açúcar são conhecidos por aumentar o estresse no organismo. Emoções presas e não resolvidas são muitas vezes apontadas com um possível catalizador dos ataques de pânico, mas é importante dizer que não é preciso analisar a sua psique e entrar no seu sub-consciente para resolver os problemas de ataque de ansiedade.

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